Embora tenha apresentado seus caminhões na Fenatran de 2011, é a partir de agora, depois do anúncio da instalação da fábrica em Tatuí (SP), que a Metro-Shacman começa mesmo a atuar no mercado brasileiro. Em setembro, a concessionária da marca em Sorriso (MT) fechou a venda de um lote de 20 caminhões que serão usados no transporte de soja na região.
O diretor Marcos Gonzales, que está há seis meses na empresa, depois de ter atuado na MWM, explicou que o foco da montadora são os pequenos transportadores – autônomos ou pequenos frotistas: “Queremos oferecer produtos simples e robustos a preços competitivos”.
A fábrica só entra em funcionamento no final de 2014, mas a Shacman está autorizada a importar até 2.500 caminhões por ano por ter se habilitado no programa Inovar Auto, que estimula importadores a fabricarem caminhões no Brasil, com componentes nacionais.
Os primeiros 100 caminhões importados foram vendidos na faixa de R$ 220 mil a R$ 260 mil: “E a maior parte dos clientes pagou à vista, devido à grande vantagem de preço na comparação com a concorrência”, explicou Gonzales.
Com a nacionalização do caminhão, equipado com motor Cummins, o preço tende a subir para a faixa dos R$ 250 mil a R$ 300 mil.
“Perderemos a vantagem do câmbio mas, em compensação, teremos a facilidade do financiamento pelo Finame.”
A marca Shacman pertence à empresa chinesa Shaanxi Automobile Group, que fabrica mais de 150 mil caminhões por ano. Ela será a principal parceira dos importadores brasileiros na construção da fábrica de Tatuí, um investimento estimado em R$ 400 milhões.
A linha de caminhões Shacman, todos com motor Cummins de seis cilindros ISM 11 P7, é formada pelos seguintes modelos: TT 420 6×4, com potência de 420 cv e torque de 2.000 Nm; TT 385 6×4 e TT 385 4×2, com 385 cv e torque de 1.825 Nm; e Shacman LT 385 6×4, também com potência de 385 cv e torque de 1.825 Nm.