O procurador Paulo Douglas tem críticas ao Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), que liderou uma greve de motoristas em protesto contra a Lei do Descanso, em julho. Para ele, a manifestação foi ilegítima. “Diziam que representavam os motoristas quando na verdade o único interesse por trás da greve era o das empresas desorganizadas”, declara.

Tendo negociado durante cinco anos com a Confederação Nacional do Transporte (CNT), ele acredita que as transportadoras organizadas são majoritariamente favoráveis à lei.

O procurador afirma que o MUBC usou de “terrorismo econômico” contra o governo ao propagar que haveria um aumento de 35% do frete com a lei. “Era apenas um chute.”

Ao pedir também a revogação da Resolução 3.658 da ANTT, que aboliu a carta-frete, o MUBC estaria, na visão de Paulo Douglas, defendendo a sonegação de impostos. “Isso é ilegítimo”, considera o procurador.