A empresa de Maringá Noma do Brasil assinou ontem (14) o contrato de aquisição de um terreno de 13 alqueires em Tatuí, interior de São Paulo, que abrigará sua segunda fábrica em um projeto que envolverá investimentos na ordem de R$ 75 milhões e deverá gerar 450 empregos diretos.

Segundo o presidente da Noma do Brasil, Marcos Noma a aquisição do terreno é um fato histórico para empresa que pretende ampliar sua proximidade com novos mercados e seguir com seus planos de crescimento sustentável. “Tatuí e a região de Sorocaba é bem próxima à capital paulista e sua localização é estrategicamente perfeita, para agilizar nossas entregas e aumentar nossa capacidade produtiva para atender a forte demanda dos próximos anos”, comemora.

Reconhecida no País por oferecer as carretas mais leves e robustas do mercado, a empresa pretende com a nova fábrica dobrar sua capacidade de produção, hoje em 650 unidades por mês, e se tornar até 2015 a terceira maior fabricante de implementos rodoviários da América do Sul.

A nova unidade da Noma será construída já no início do próximo ano e sua inauguração esta prevista para meados de 2013. O investimento da empresa no interior paulista vai alavancar a economia regional. Serão gerados centenas de novos empregos no município de 185 anos, e que abriga uma população de mais de 109 mil habitantes, segundo censo do IBGE de 2009. Tatuí está próxima da capital paulista, apenas 130 km e 115 do aeroporto de Viracopos, na região de Campinas.

Uma das poucas fabricantes de carrocerias de caminhão fundadas por descendentes de japoneses, em um mercado dominado no Brasil por famílias de origem européia, a Noma planeja desembolsar mais de R$ 75 milhões no projeto. “Queremos estar entre os três maiores fabricantes de carrocerias de caminhão até 2015 ou 2016”, diz Marcos Noma.

Hoje, a empresa estima estar em quarto lugar no ranking das implementadoras, atrás de Randon, Guerra e Facchini. Em todo o país, são mais de cem competidores, a maior parte deles de pequeno e médio porte, com atuação regional, avalia Kimio Mori, diretor comercial.

Com a fábrica em São Paulo, a Noma pretende aproximar a produção das carrocerias dos principais fabricantes de caminhão do país e facilitar a vida dos clientes, que hoje viajam até o interior do Paraná para retirá-las. Garantirá também opções de fornecedores de peças e se colocará em posição semelhante a dos principais competidores, que já têm unidades de produção em São Paulo.

Segundo Mori, os produtos que serão fabricados em São Paulo e os que continuarão a sair das linhas de montagem de Maringá dependerão de uma série de fatores, entre eles a logística.

Mas modelos com alta demanda em São Paulo, como as linhas sider, de carrocerias baú com acesso lateral, e furgão, de carrocerias baú, já estão praticamente confirmados. Uma tendência geral é de que a fábrica paulista seja usada predominantemente para a montagem dos produtos e a do Paraná para a produção de peças e conjuntos de peças, diz Mori.

Contando com outros R$ 30 milhões investidos na ampliação da estrutura fabril e na compra de máquinas para automatizar a produção de peças na matriz, os investimentos em andamento são o dobro dos realizados nos últimos cinco anos, afirma Marcos Noma.

Em termo de volume de produção, Mori afirma que os aportes serão suficientes para dobrar a capacidade de produção, hoje por volta de 650 pinos por trimestre (um pino é um módulo de carreta, carretas bitrem, muito usadas no agronegócio, contam com dois pinos).

Além da nova fábrica, outros dois pilares da estratégia de expansão da Noma são a ampliação da rede de assistência técnica e a entrada em novos nichos de mercado. Até 2006, a rede de distribuidores e assistência técnica da companhia estava concentrada nas regiões Sul e Sudeste. De 2006 para cá, foi estendida para o resto do país e hoje é formada por 47 distribuidores. O ideal, na avaliação da Noma, é ter 60. Mas não há um prazo para isso.

Em relação a produtos, Marcos Noma afirma que a companhia tem planos de voltar a produzir caminhões para a indústria de açúcar e etanol, no qual já atuou. A idéia, com a ampliação da capacidade de produção, é voltar a apostar neste segmento de mercado, que tende a crescer de forma cada vez mais consistente. Novos modelos de caminhões tanques também estão nos planos. A julgar pela expansão da frota de automóveis brasileira, parece uma aposta segura.

Com informações do jornal O Diário e Brasil Econômico