Suzana Soncin é a nova colaboradora da Revista Carga Pesada e vai tratar da inovação em transporte

Nelson Bortolin

Segundo estudo realizada pela McKinsey & Company em sete áreas da economia, a atividade de transporte e infraestrutura não está bem posicionada quando o assunto é transformação digital. No levantamento, o setor obteve 35 pontos, ganhando apenas da indústria de base (33) e das indústrias avançadas (30). A pesquisa mostrou que os serviços financeiros, com 46 pontos, são o segmento que apresenta maior maturidade em transformação digital, seguido do varejo (45), de telecom e tecnologia (43) e de bens e consumo (37).

A consultora em inovação estratégica digital e open innovation com foco em transporte e logística, Suzana Soncin, ex-CEO do Consórcio Scania, vem trabalhando para mudar essa realidade. E, a partir de agora, ela passa a colaborar com a Revista Carga Pesada para divulgar e discutir inovação e transformação digital no setor. “A transformação vem ajudar a gente a criar negócios e movimentos que sejam mais eficientes para atender nosso cliente, que vem ficando cada dia mais exigente”, afirma.

Para a consultora, que hoje é CEO da I9Exp, a transformação digital é quem vai garantir a sobrevivência das empresas daqui para frente. “Não é uma questão de querer ou não fazer, mas sim de quando se vai começar a fazer”, declara. E cita uma pesquisa do International Data Corporation (IDC), segunda a qual, serão investidos 7 trilhões de dólares em transformação digital até 2023 no mundo.

Soncin alega que existe muita confusão sobre o que é transformação digital. “Muita gente acredita que é só investir em tecnologia: vou lá e compro um sistema de rastreamento. Mas na verdade não é. A transformação digital acontece mais em nós seres humanos, de acordo com nossas necessidades nos negócios e nos mercados. A ferramenta, a tecnologia em si, é apenas o veículo”, explica. Segundo a consultora, a transformação digital está pautada em revisão de processos.

Ela ressalta que é preciso fazer mudanças, mas com cuidado para não descaracterizar os valores das empresas. “Eu trabalho com muitas empresas e a maioria delas já existia antes de toda essa transformação digital. A gente precisa ter muito cuidado na hora de colocar um processo de transformação digital e não matar a cultura da empresa, porque essas empresas já tinham sucesso antes” afirma.

CAMINHONEIROS

Segundo a consultora Suzana Soncin, os caminhoneiros estão “mais transformados digitalmente” que muitas empresas. “A vida do caminhoneiro não é fácil. Por conta dessa questão do covid, que ele foi muito impactado, está muito mais digital.” Ela diz que um terço dos autônomos já estão conectados com as plataformas de fretes e demais aplicativos. “Quando eles se conectam nesses aplicativos, eles conseguem saber por exemplo o melhor preço de combustível para abastecer, saber em que momento vão carregar e descarregar, evitando desperdício de tempo e dinheiro.”

De acordo com a consultora, o processo de transformação digital está baseado em três pilares: experiência do cliente, excelência operacional e expansão do ecossistema. Veja nos vídeos:

EXPERIÊNCIA DO CLIENTE:

EXCELÊNCIA OPERACIONAL:

EXPANSÃO DO ECOSSISTEMA: