Luciano Alves Pereira
Um dos grandes empreendimentos do setor de transporte em Minas inaugurou sua nova sede no dia 16 de maio. Trata-se da Transpes, que adota o slogan ‘potência logística’. De fato, seus números ‘espelham essa grandeza’. As instalações, em Betim, medem 70 mil metros quadrados. Antes, a Transpes ocupava 10% dessa área, em Belo Horizonte, saída para João Monlevade.
Ainda sobre grandezas, o faturamento da Transpes, que não faz muito chamava-se Transpesminas, deve atingir a casa dos R$ 350 milhões em 2012, conforme a diretora de marketing Tarsia Gonzalez.
São 60% mais que em 2011. A Transpes tem 500 clientes, 800 funcionários diretos, mil indiretos e filiais em nove Estados.
Sua frota é de 750 equipamentos, somados a mil agregados. As cargas principais são especiais em peso, dimensões e complicação no manuseio e, muitas vezes, só podem ser embarcadas em pranchas. São conjuntos industriais, produtos siderúrgicos, movimentação de volumes em áreas portuárias, trânsito aduaneiro e transporte multimodal (OTM). Por ano, a Transpes movimenta 1,1 milhão de toneladas, percorre 30 milhões de km e faz 25 mil embarques.
A empresa mineira foi fundada em 1966 pelo imigrante espanhol Tarsicio Gonzalez e a esposa Ruth Castro. Tendo dado os seus primeiros passos em feiras livres do Rio de Janeiro, conseguiu comprar o primeiro caminhão, um Leiland inglês, bicudo e durão. Na década de 1950, foi atraído pela construção de Brasília, quando, conforme relato do próprio, foi aconselhado por ninguém menos que o então presidente Juscelino Kubitschek a cortar o Leiland e engatar-lhe uma prancha. O caminhão era 6×4 e a sugestão caiu como luva, ao mesmo tempo em que definiu a carreira de transportador bem-sucedido de Gonzalez.