A operadora logística RV Ímola foi contratada para levar imunizante importado para o Nordeste

A operadora logística paulista RV Ímola começa a movimentar uma vacina contra a Covid-19 nesta terça-feira (22). Em entrevista à Revista Carga Pesada, o diretor Comercial da empresa, Rui Freitas, confirmou a operação, mas afirmou que, devido a contrato de confidencialidade, não poderia adiantar informações como o nome do laboratório, o país de origem, nem o aeroporto no qual o imunizante chegará. Disse apenas que a carga será destinada ao Nordeste.

(Veja no vídeo entrevista de Freitas para o repórter Nelson Bortolin)

O primeiro carregamento deve conter 1 milhão de um total de 10 milhões de doses. “Pode ser até chinesa. Eu não sei qual é porque eles não informaram”, afirmou. A empresa foi contratada por uma trading.

Até agora nenhuma vacina foi aprovada pela Anvisa para ser aplicada no Brasil. Freitas acredita que o comprador tem convicção de que o produto é eficaz, será liberado, e está fazendo estoque. “Liberou na Anvisa, eles já têm a vacina”, disse o diretor, reforçando que se trata de uma hipótese levantada por ele.
Chegando ao Brasil, as vacinas serão transferidas do contêiner da companhia aérea para uma carreta-baú refrigerada da Ímola. A única certeza que Freitas afirma ter é que não se trata do produto da Pfizer, já que não foi solicitado a ele um baú especial. O imunizante desse laboratório, que o governo brasileiro pretende adquirir, exige temperatura de 70 graus negativos.

A operadora tem contrato de prestação de serviços com o governo de São Paulo. E, provavelmente, segundo o diretor, irá fazer também a logística da vacina produzida no Estado.