Eduardo A. C. dos Santos, de Chapecó (SC) – A diversificação do negócio, a busca por novos clientes ajudou a empresa a ter esse crescimento expressivo? A profissionalização das pessoas também contribuiu para o desenvolvimento da empresa?
Osni Roman – A profissionalização foi o que mais contribuiu e contribui. A diversificação ajuda a arejar a empresa, mas nós temos um foco e procuramos não desviar dele. Se diversificar demais, daqui a pouco a gente perde o caminho. Queremos atender alguns segmentos de mercado e atuar como operador logístico, que é nossa estratégia de futuro.

 

César Fonseca, de Juiz de Fora (MG) – O sr. não acha que os caminhoneiros deveriam receber diária quando ficam parados? Hoje, os embarcadores fazem nossos caminhões de depósitos.
Osni Roman – Caminhão parado tem custo, não deveria servir de depósito. É uma anomalia. Este custo precisa ser cobrado. Nós tratamos isso de forma comercial, negociando com cada cliente. É sabido que nem todos pagam ou querem pagar. Mas nossa política é de cobrar dos clientes quando isso acontece.

 

Edmilson Borges, de Barretos (SP) – Nunca liguei para a Coopercarga para tentar ser cooperado porque sempre ouço que a empresa é uma baita de uma panelona: quem está fora não entra e quem está dentro não sai. A cooperativa está aberta para mais caminhoneiros?
Osni Roman – A Coopercarga está aberta e tem um processo de entrada. Temos todo interesse em receber novos associados. Há uma área corporativa que trata desse assunto. Convido o Edmilson e os demais motoristas a procurarem o responsável pelo processo de ingresso. É o Jerry, o celular dele é 49 9968 0736. A Coopercarga não é uma panelona.

 

William Krepsky de Souza, de Cuiabá (MT) – Para crescer dessa forma, quais foram os investimentos em recursos humanos realizados pela empresa?
Osni Roman – Não tenho os números. Mas temos cursos constantes. Temos um programa para motoristas na Fabet. Também via Fabet, fazemos treinamento para os demais funcionários. No planejamento e gestão, contamos com o apoio da Fundação Dom Cabral. Temos programas de desenvolvimento para os cooperados. Quando falamos da formação, existe uma gama de iniciativas que a gente realiza. Fazemos questão de investir nas pessoas, porque são elas que fazem acontecer. 

 

Ubirajara Francisco de Araújo, de Goiânia (GO) – Na condição de ex-motorista, o sr. pode dizer que conhece as dificuldades do dia a dia do profissional?
Osni Roman – Fui motorista por sete anos. Conheço a realidade que o motorista vive, sei que é dura. É preciso fazer muito pelos motoristas em termos de estrutura, de atenção. É uma profissão honrosa. Quem a escolhe precisa estar preparado para as dificuldades e assumir seu papel de forma profissional, independente das dificuldades e adversidades que surgirem no caminho.