A Volvo recebeu o certificado Top In The Mine de Marca Majoritária da Frota, na categoria “Caminhões Rodoviários”, em mineradoras brasileiras. A pesquisa realizada pela revista In The Mine com usuários de empresas do setor atestou maior presença de caminhões Volvo no transporte interno e na logística externa. Cerca de 350 gerentes, supervisores e técnicos de 108 mineradoras de pequeno, médio e grande portes participaram do levantamento, o primeiro a ser realizado nesta área no Brasil.

Os usuários ouvidos pela publicação citaram principalmente os caminhões FMX (vocacional) e FH (rodoviário), e também os caminhões articulados A25 e A30, estes últimos os off-roads produzidos pela Volvo Construction Equipment, a divisão do Grupo Volvo que fabrica equipamentos de construção. Os veículos da marca são utilizados pelas mineradoras no transporte de minérios em diferentes etapas do processo de extração, desde o carregamento nas frentes de lavra, passando pelo beneficiamento dos minérios, até o embarque dos materiais para os portos, ferrovias e o mercado interno.

“É com grande satisfação que recebemos esta premiação, pois é a prova concreta de que os clientes escolhem o FH e o FMX principalmente por sua grande produtividade”, afirma Bernardo Fedalto, diretor de caminhões Volvo no Brasil. “Temos muito orgulho de sermos citados pela maioria das mineradoras. O conceito de caminhão articulado foi inventado pela Volvo e somos líderes neste segmento no Brasil e no mundo”, complementa Afrânio Chueire, presidente da Volvo Construction Equipment Latin America. No próximo ano, o caminhão articulado completa 50 anos.

A pesquisa da In The Mine é muito abrangente e foi feita com representantes de empresas de todos os portes e que estão situadas em vários pontos do País. As mineradoras participantes atuam e processam os principais minérios hoje explorados no Brasil: minério de ferro, agregados (areia e brita), ouro, níquel, zinco, nióbio, carvão mineral, rochas ornamentais (mármore e granito) e bauxita, entre outros.

“A consolidação dos resultados dessa pesquisa permitiu a seleção das marcas de maior presença na indústria mineral brasileira atualmente. São essas marcas que serão certificadas como Top In The Mine”, declara Tébis Oliveira, responsável pelo levantamento e editora de Novos Projetos da revista In The Mine. “Esta é uma pesquisa inédita. É o primeiro ranking de marcas da mineração brasileira, um dos mais importantes setores da economia nacional”, destaca Wilson Bigarelli, editor-geral da In The Mine e diretor da Facto Editorial, grupo editorial que publica a revista.

O ranking completo será divulgado na edição 59 da revista In The Mine, com circulação prevista para a segunda quinzena de janeiro do próximo ano. A partir da divulgação, a publicação acompanhará anualmente o grau de manutenção, ampliação ou decréscimo da percepção e reconhecimento do valor das marcas inicialmente indicadas pelos usuários.

“A pesquisa extrapola o conceito de ‘ranking de marcas’ como ele é entendido. Ela é uma importante ferramenta para a avaliação do comportamento de consumo, dos investimentos realizados pela empresa e da eficiência de seus planos de comunicação e marketing, visando à conquista e fidelização de seus clientes”, finaliza Tébis.

OPINIÃO – O jornalista mineiro Sérgio Caldeira, colaborador da Revista Carga Pesada, especializado em temas ligados ao transporte, enviou comentários sobre a matéria acima.

Desde os tempos do N10XH, no caso das transferências, os Volvo predominam. E dentro das cavas as versões 6X4, ou seja XHT, nos anos oitenta foram adaptados para receberem carrocerias sobre chassi, tais como os canavieiros na mesma época para treminhões.

Uma das virtudes destes caminhões era a presença de redução nos cubos, à época oferecido apenas pela MB nos 1934, 1935 e mais tarde, nos 2635 (anos noventa), as travessas e longarinas reforçadas e a caixa ZF16S, muito valorizada pela robustez e pela facilidade de manutenção.

Vale lembrar que Scania atuava timidamente neste segmento e não tinha fama de resistência. A caixa era de dez velocidades e os eixos traseiros sem redução, apenas com redução na versão 6X4 (raríssimos foram os 4X2 com redução nos cubos, sob encomenda) com prefixo “E” (ES, EW ou apenas E ). Poucos arriscavam comprar um Scania 6X4 naquela época e a versão estradeira sempre era ‘canelinha seca’, ou seja, sem redução.

Então a Volvo e MB se consolidaram no segmento por estas e outras. No caso de MG, creio que o bom atendimento das casas Volvo (Treviso, Minasmáquinas, Cardiesel e a extinta Minas Diesel, estas duas últimas MB) foi decisivo também, com a criação de oficinas no site de algumas minas. Cito a MB porque seu extinto LS1634 foi um sucesso aqui nas caçambas.

Com relação aos articulados (ADT – Aticulated Dump Trucks), também devemos recorrer à história antes da VCE (que, se não me engano, completou duas décadas), já que a Volvo adquiriu há duas ou três décadas a Clark Michigan, tradicional fabricante de pás carregadeiras – todo depósito tinha uma Clark Michigan 75), e, resumidamente, bem antes criou a Volvo BM. Não haviam tantos players no segmento de articulados também. Aí a marca deslanchou na mineração.