O dinheiro será aplicado na adaptação da planta de Curitiba para montagem do novo FH, que acaba de ser lançado na Europa, e na introdução de uma segunda marca do grupo. A informação veio do próprio CEO da Volvo, Olof Persson, que não revelou qual das marcas será escolhida, entre Renault, Mack e UD, nem a data do lançamento.
O presidente da Volvo Brasil, Roger Alm, não confirma, mas há quem aposte que a escolha recairá sobre os veículos leves da Renault, complementando a linha atual e na mesma direção da introdução do semipesado VM no final de 2003, que aproveitou a cabine-leito da marca francesa.
Desde 1993, quando foi lançado, a Volvo vendeu cerca de 650 mil FH, dois terços só na Europa. Isso representa metade das vendas totais da companhia.
O desenvolvimento do projeto demorou cinco anos. Além de adotar o duplo disco de embreagem, para a fazer as mudanças de marchas mais suaves, o FH oferece ao comprador a opção inédita do eixo dianteiro de suspensão independente, o que o faz rodar como um automóvel, com cada roda na sua trilha, sem interferir na forma de oscilação da outra. Isso aumenta a estabilidade nas curvas e o conforto do motorista.
O caminhão também tem suspensão pneumática e freio a disco. A eletrônica embarcada inclui um dispositivo que ‘lê’ o greide da estrada, com suas rampas e curvas, de forma que, na viagem seguinte pelo mesmo caminho, o computador vai participar do comando da máquina, fazendo o caminhão ficar mais eficiente e economizar combustível. O pessoal da Volvo diz que assim se pode reduzir o consumo em “até 10%”.
O novo caminhão chegará ao mercado brasileiro ao mesmo tempo em que a Volvo investe no aumento da rede de concessionários. Serão credenciados 10 novos concessionários por ano nos próximos três anos para atender os caminhões da marca que cresce de 15 a 20 mil unidades por ano: “Precisamos dar suporte para esta rede e estar prontos para o futuro”, concluiu Roger Alm. (Colaborou Luciano Alves Pereira)