O transporte florestal exige cuidados especiais. Conforme afirma o engenheiro Rubem Penteado de Melo, da TRS Engenharia, de Curitiba, o entrelaçamento de carga é muito comum neste segmento. “Os pacotes de toras eventualmente não ficam bem regulares, com uma ou outra tora mais longa ou deslocada, ficando próxima do pacote vizinho”, ressalta.

Esse entrelaçamento, de acordo com o engenheiro, pode apresentar um risco muito grande, dependendo do veículo utilizado. Nas ilustrações acima, segundo ele, a diferença é enorme. “No primeiro, o entrelaçamento não afeta a dirigibilidade do conjunto. Já, no segundo, impõe elevado risco de acidente grave”, afirma. Melo ressalta que, durante as manobras, as toras podem interferir umas nas outras. “Se forem finas podem quebrar e cair na rodovia. Se foram grossas podem até fazer tombar uma das unidades”, declara.

 

 

É fundamental, segundo o engenheiro, manter totalmente livre o espaço entre as duas unidades de conjuntos articulados, como bitrem, rodotrem, tritrem, romeu e julieta. Só assim, se elimina o risco de interferência das toras durante as manobras.