Um dos caminhões, o XF105, permite PBTC de 91 toneladas. Como o CF85, foi submetido a 300 mil quilômetros de testes

NELSON BORTOLIN

DAF fez dois lançamentos na Fenatran: o CF85 e o XF105, ambos fora de estrada. Eles marcam a entrada da montadora nesse segmento e são indicados para as indústrias canavieira e florestal. Estão sendo produzidos na fábrica de Ponta Grossa (PR) e chegam às concessionárias em 2018. “Estamos entrando em um segmento com grande potencial comercial, oferecendo qualidade e baixo custo operacional”, disse o diretor comercial da DAF Caminhões, Luis Gambim.

O CF85 e o XF105 superaram a expectativa dos clientes durante os testes, segundo Gambim, “com excelente performance, agregando alto torque e consumo de combustível abaixo do padrão”. O CF85 off-road está disponível em três opções de cabine: a Day Cab, com teto baixo; a Sleeper Cab, com teto baixo e cama; e a Space Cab, com cama e teto alto, a maior e mais espaçosa do segmento.

O XF105 tem como opcionais faróis de teto, que proporcionam maior visibilidade durante operações noturnas. No interior, as cabines se destacam pela ergonomia e conforto. Os bancos são revestidos com capa de vinil, aumentando a durabilidade do estofamento e facilitando a limpeza.

A linha XF105 off-road está disponível em duas op- ções de cabine, Comfort Cab e Space Cab, ambas com cama e agregando todos os opcionais da linha CF. Os dois modelos também contam com o primeiro degrau de acesso à cabine reforçado. São equipados com motor Paccar MX 13, de 12,9 litros, o CF85 com potência de 460 cv e o XF105 de 520 cv. “O XF105 off-road atende à nova legislação que permite PBTC de 91 toneladas em rodotrens de 11 eixos, uma solicitação do setor sucroalcooleiro.

Outra novidade foi o XF na versão 4×2 para aplicações como baú e cegonha

O motor de 520 cavalos é o mais potente da marca no Brasil’, apontou Ricardo Coelho, diretor de desenvolvimento de produto.

O projeto dos caminhões off-road da DAF começou há mais de dois anos e já acumula 300 mil quilômetros rodados em testes na operação.

A primeira etapa consistiu na instalação de mais de 200 sensores em um caminhão, que circulou por fazendas de diversos Estados do País. “Coletamos dados muito ricos sobre as operações off-road no Brasil. Pudemos observar também a presença do DNA de robustez da nossa marca”, afirmou Coelho.

O diretor comercial Luís Gambim: off-road tem potencial para quem, como a DAF, oferece qualidade e baixo custo operacional

A linha off-road ainda passou por testes de durabilidade acelerada em pistas especiais antes de seguir para campo. Atualmente, quatro caminhões estão em uso, na Cevasa- -Cargil e na Biosev (processadoras de cana-de-açúcar) e na Klabin e no Expresso Nepomuceno (operações de madeira).

A DAF saiu da Fenatran bem satisfeita.