A Ingá Veículos, concessionária MB para Londrina e região, levou um Caminhão Actros para o evento

A Ingá Veículos, concessionária MB para Londrina e região, levou um Caminhão Actros para o evento

Revista Carga Pesada

O frete está muito baixo, a concorrência é grande demais, mas o gosto pela estrada fala mais alto. É mais ou menos esse o resumo das declarações dadas pelos caminhoneiros no primeiro dia do projeto Revista Carga Pesada e MB nas Estradas. No Posto Portelão, localizado na PR-445, no município de Cambé (PR), a reportagem ouviu motoristas de todo o País. As entrevistas foram publicadas na fan page da revista no Facebook. 

“O mercado está fraquinho demais. Piorou muito do meio do ano passado para cá. O frete que eu fiz hoje a R$ 3.900 eu fazia a R$ 6 mil em 2014”, disse o mineiro Carlos Vieira, que fez uma viagem de Sabará (MG) a Cambé, com carga geral. Ele conta que o salário baixou muito e reclama que, com a lei do caminhoneiro, não pode rodar além da carga horária. “Estou torcendo para melhorar no ano que vem. Para tirar o que eu tiro hoje eu poderia estar trabalhando como motorista de ônibus, não precisava viajar tão longe.”

A editora da Revista Carga Pesada entrevista o caminhoneiro Álvaro Matos

De Cambé, Alvaro de Matos, dono de uma Mercedes-Ben 1525, ano 99, reza para que não haja quebra da próxima safra. “2016 tem sido um ano muito difícil. A gente espera que no ano que vem a safra seja melhor”, declara. E reclama que o governo do presidente Michel Temer (PMDB) não vem se mostrando melhor que o anterior, de Dilma Rousseff (PT).

Já o gaúcho Paulo Renato Cardoso, que trabalha há 25 anos como caminhoneiro empregado, diz que o frete hoje está no mesmo patamar de 10 anos atrás. “Eu adoro minha profissão. Mas estou desanimando”, conta. Seu sonho é ter caminhão próprio. Mas do jeito que as coisas estão, fica difícil.”

Odair Correia Figueiredo, autônomo de Itapevi (SP), cobra a implantação de uma tabela de frete. “Tem lugar que o frete é o mesmo desde 2008. Quantas vezes o diesel aumentou de lá para cá?”, questiona. Figueiredo também reclama do não cumprimento da lei do pedágio, que obriga os embarcadores a arcarem com a despesa. “Inventaram essa lei, mas é uma balela. Só conheci uma empresa que paga o pedágio.”

Luciano Furlan, de Itápolis (SP), acaba de participou do projeto. Disse que tudo que conquistou foi trabalhando com caminhão, mas que hoje seria muito difícil começar na profissão. Acha que o modelo Atego da MB hoje seria uma ótima aquisição para seu negócio. Ele tem atualmente um VW 23-220 ano 2005.

Além de saber como está o mercado de transporte na visão dos caminhoneiros, o projeto também busca a opinião desses profissionais sobre produtos e serviços Mercedes-Benz. Ismael Vacari, de Ipê (RS), com 1,96 de altura, disse que gostaria que o espaço interno da cabine do seu caminhão fosse maior. Ele está há 27 anos na estrada e tem um Atego 2425 baú para transporte  de móveis. O gaúcho teve oportunidade de conversar diretamente com os profissionais da Ingá Veículos, concessionária Mercedes-Benz para Londrina e região. Todas as sugestões do Ismael serão enviadas diretamente para a engenharia da MB

 

O caminhoneiro Paulo Renato e o repórter Guto Rocha

Continuidade

O projeto que tem como slogan “As estradas falam. A Mercedes-Benz ouve. E a Revista Carga Pesada publica” será retomado nesta quarta-feira (7) na Via Dutra. A equipe da revista percorrerá a principal rodovia do País a bordo de uma van Mercedes-Benz Vito até o dia 10. No mesmo período a iniciativa estará na Rodovia Fernão Dias, em Minas Gerais.

Outro parceiro da Carga Pesada, a OnixSat, participa do projeto cedendo um kit móvel do rastreador Smart 2 híbrido que será instalado na van. Ele funciona tanto via sinal de celular quanto via satelital.