Ele dispensa, por exemplo, o uso de barragens para armazenamento e contenção dos resíduos da mineração
No projeto Na Rota dos Minérios que a Revista Carga Pesada está realizando em parceria com a Mercedes-Benz, visitamos duas mineradoras esta semana: a Flapa Engenharia e Mineração e a Ferro+ do Grupo J. Mendes, ambas em Minas Gerais.
O que pudemos observar é uma preocupação constante com as questões ambientais que ganharam ainda mais relevância depois do acidente da Samarco em Mariana.
Nas duas empresas que visitamos já está em uso, por exemplo, o processo de britagem ou filtragem a seco para separação do minério de ferro, que dispensa o uso das grandes barragens para armazenamento e contenção de resíduos resultantes do processo de beneficiamento do minério. Elas foram substituídas por tanques menores, as chamadas baias como você poderá ver em detalhes em nos vídeos abaixo:
Conheça melhor o assunto:
O minério de ferro para ser comercializado, precisa passar por equipamentos até ser reduzido e classificado por tamanho das rochas. Esta é uma das etapas mais importantes da produção: a classificação por peneiramento.
No beneficiamento a úmido, essa classificação utiliza a água para retirar as impurezas que prejudicam a qualidade final do produto. Já no processo a seco, a água é dispensada e após a britagem e o peneiramento, o material já está pronto para o mercado. Esta questão ganhou força depois do desastre ambiental de Mariana.
As vantagens
Além dos ganhos ambientais, já que a seco não é necessário construção de barragem, nem captação de água do meio ambiente, existe um ganho real na produtividade e uma enorme economia de recursos: menos energia, menos etapas de produção, menos equipamentos e uma operação muito mais simples e segura para todos. Além disso, na via úmida sempre há perda de material, que é arrastado pela água e bombeado para enormes barragens de rejeito. Já a seco, 100% da massa é recuperada e comercializada.
Fonte: Site da Vale