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Aprosoja vê melhora na BR-163, em MT

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Fonte: Ascom Aprosoja

A travessia do trecho mais essencial da BR-163/364, responsável pelo escoamento de aproximadamente 80% da produção agrícola de Mato Grosso, entre Sinop e o terminal ferroviário de Rondonópolis, apresentou evolução quanto à qualidade da rodovia. A impressão foi obtida pelos membros do Estradeiro (expedição do Movimento Pró-Logística de Mato Grosso), concluído na sexta-feira (23).

Conforme o diretor-executivo do movimento, Edeon Vaz Ferreira, após a concessão da rodovia à iniciativa privada, os gargalos diminuíram de cinco para apenas três ao longo dos 700 quilômetros que separam as duas cidades do sul e do norte do Estado.

br 163

Os problemas que deixaram de existir foram os percursos entre a região do rio Arinos, no município de Nova Mutum, até o Posto Gil, dentro de Diamantino, além da Rodovia dos Imigrantes, entre Várzea Grande e Cuiabá – federalizada como BR-070 e cuja recuperação foi realizada pela empresa Rota do Oeste, concessionária do trecho. Em ambos foi realizada a chamada recuperação profunda, quando o asfalto antigo passa por uma frisagem e é recoberto por uma nova capa asfáltica.

“Ainda há uma preocupação com o nível do piso da pista, entre Mutum e Posto Gil, que ainda está muito diferente, e o caminhão pode tombar, se sair um pouco para o acostamento. Mas em termos de qualidade de assistência, de pavimento, é outro mundo. Há um ano, era o pior pedaço da rodovia”, acrescentou Ferreira. A concessionária Rota do Oeste informou que estudará uma forma de minimizar o problema antes da total duplicação do trecho.

As partes da rodovia que ainda apresentam problemas – serra da Caixa Furada, em Nobres, travessia entre Rosário Oeste e Várzea Grande e as passagens urbanas de Jaciara e Juscimeira – estão sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), embora o trecho todo esteja concessionado à Rota do Oeste (850 Km ao todo, de Itiquira a Sinop).

Mesmo duplicada, a passagem da rodovia pela serra da Caixa Furada acontece em apenas uma pista para cada sentido. Isso porque a travessia teve de ser interrompida em virtude do desmoronamento de rochas. Já os quilômetros entre a cidade de Rosário Oeste e o Trevo do Lagarto, em Várzea Grande, precisam de manutenção, pois apresentam sucessivos buracos, o que, com o aumento do fluxo de carretas após o período intensivo de colheita (março), coloca em risco todos que trafegam na rodovia, sem contar a degradação.

De acordo com servidores do Dnit em Mato Grosso, de Rosário Oeste ao trevo que segue para Tangará da Serra, existe um imbróglio no processo licitatório que está sob intervenção judicial. Já de Jangada até Várzea Grande, existe um contrato recém-firmado com uma construtora para a manutenção do trecho. “Ali exige uma intervenção rápida porque tem buracos e onde tem buraco, o caminhão desvia e provoca acidente. Nós estaremos cobrando do Dnit, do Ministério dos Transportes ações para que se minimizem ao máximo os problemas”.

Quanto aos trechos urbanos de Jaciara e Juscimeira, duas empresas já realizam o trabalho de duplicação da rodovia entre as cidades e a entrada de Rondonópolis, e as obras de contorno já estão previstas nos projetos, de acordo com o órgão.

PARE E SIGA – O chamado “mal necessário”, como classificou as intervenções realizadas pela Rota do Oeste no trecho norte da BR-163 o diretor do Movimento Pró-Logística, em que os motoristas são impedidos de seguir viagem pelo tempo médio de 20 minutos para que se proceda as obras de recuperação, pode virar uma preocupação. A empresa acredita que o ápice das intervenções aconteça em fevereiro, quando começa a se identificar o processo de colheita e escoamento da soja.

“É uma intervenção necessária, porque a empresa está fazendo a melhoria do pavimento. A empresa diz que até o pico da safra, que é em março, já terá concluído. Esperamos que isso aconteça. Este ano, nós devemos produzir mais de 28 milhões de toneladas de soja, então, temos que ter condição de escoar esse produto e, principalmente, fazer com que chegue até Rondonópolis, onde está o terminal ferroviário. Precisamos equacionar isso aí, a questão da qualidade da pista e a garantia da manutenção do fluxo”, ponderou Ferreira.

Além do Movimento Pró-Logística, coordenado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), participaram do Estradeiro da BR-163/364 servidores do Dnit e profissionais da concessionária Rota do Oeste. O Movimento, que também visitou o canteiro de obras da concessionária de manhã, elaborará o relatório sobre as situações minunciosamente observadas na expedição para apresentação e cobrança de providências às autoridades responsável pelo setor de logística do país.

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