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Embarcadores pedem fim dos protestos de caminhoneiros

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A mobilização dos caminhoneiros que ganha força pelo País está preocupando os embarcadores. Nesta segunda-feira (23), ao menos duas entidades divulgaram nota solicitando o fim dos protestos. Uma delas é a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e a outra é Federação das Indústrias do Paraná (Fiep).

Confira abaixo as manifestações divulgadas pelas entidades.

protesto dois

Piquetes de caminhoneiros já afetam a avicultura e a suinocultura do país, alerta a ABPA

Produtores de aves e suínos estão enfrentando dificuldades no abastecimento de insumos e liberação de cargas perecíveis em meio aos vários piquetes armados por frentes sindicais de caminhoneiros. A informação é do presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra que, desde sábado, tem recebido diversos relatos de produtores e

agroindústrias de aves e suínos, sobre os problemas causados pela paralisação no país.

Os piquetes afetam regiões produtoras de aves e suínos, em especial, no Sudeste e no Sul. “As

frentes sindicais que estão promovendo a greve precisam se sensibilizar quanto ao gravíssimo problema que podem gerar impedindo que cargas vivas, produtos perecíveis e insumos para as

granjas. Animais podem morrer de fome e alimentos serão perdidos”, alerta Turra.

Conforme o presidente da ABPA, empresas alertam que há paralisação total em importantes rodovias de escoamento de insumos e da produção de aves e suínos, como é o caso da BR 282 (Santa Catarina) e da BR 153 (Rio Grande do Sul).

Articulamos durante todo o fim de semana alternativas e soluções junto aos governadores e secretarias estaduais, para diminuir os prejuízos aos produtores e às empresas. Estamos pleiteando ao poder público federal ações urgentes. A greve está penalizando a produção de alimentos e afetando a segurança alimentar do país”, enfatiza.

A paralisação também pode afetar o fluxo das exportações dos setores, em um momento econômico delicado. “Estamos em um período de recuperação, após o desempenho negativo registrado, no mês de janeiro, em aves e suínos. Há grande preocupação, neste sentido, quanto aos impactos econômicos que a possível redução dos embarques poderá causar”, aponta.”

Fiep faz apelo pelo fim dos bloqueios de cargas em rodovias

O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, fez um apelo nesta segunda-feira (23) pelo fim dos bloqueios ao transporte de cargas em rodovias do Paraná e de outros estados. O protesto dos caminhoneiros, iniciado na última quarta-feira (18), vem prejudicando indústrias paranaenses, inclusive de setores que produzem alimentos perecíveis – que deveriam estar livres dos bloqueios.

Nesta segunda, Campagnolo e representantes de outras entidades representativas do setor produtivo se reuniram com o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Paraná, Gilson Luiz Cortiano. Eles levaram a preocupação da classe empresarial em relação às manifestações e conversaram sobre as providências que a PRF está tomando para garantir a circulação das cargas. Também participaram do encontro os presidentes da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio), Darci Piana, da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), João Paulo Koslovski, e do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados do Paraná, Péricles Salazar.

O setor produtivo brasileiro já atravessa um momento extremamente delicado, que vem se agravando a cada aumento de impostos e de tarifas públicas, como os ocorridos recentemente”, diz o presidente da Fiep. “Os bloqueios nas rodovias comprometem a entrega de matérias primas para as indústrias e o transporte de produtos finais até seus clientes. Esses atrasos representam um enorme prejuízo para as empresas”, acrescenta.

Segundo Campagnolo, a preocupação é ainda maior em relação ao bloqueio de cargas de produtos perecíveis. Apesar de os líderes do protesto afirmarem que caminhões com esses itens estão com passagem liberada pelas rodovias, a Fiep tem recebido relatos de que isso não vem sendo respeitado. Sindicatos filiados à entidade que representam as indústrias de carne e de leite, entre outros, já registram problemas com a manifestação.

No caso do leite, a situação mais grave está na região Sudoeste do Paraná. “Existem vários relatos de produtores que não estão conseguindo transportar o leite até as indústrias de laticínios. Como se trata de um produto altamente perecível e de produção diária, os produtores não têm como armazená-lo por muito tempo, em muitos casos já tendo que descartá-lo”, exemplifica Campagnolo. Além disso, indústrias do setor relatam dificuldades para receber embalagens, o que também pode inviabilizar a produção e o abastecimento de leite nos próximos dias.

Situação semelhante vive o setor de carnes – aves, suínos e bovinos. Grandes exportadores, os frigoríficos também estão enfrentando problemas em relação ao recebimento de cargas, o que tem comprometido sua produção.

O direito à manifestação é legítimo, porém não pode se sobrepor ao direito à livre circulação de pessoas e mercadorias. Recomendamos que as lideranças do movimento apresentem claramente suas reivindicações e busquem negociação com o governo”, diz o presidente da Fiep. “Fazemos um apelo para que a manifestação seja interrompida o mais rapidamente possível, para evitar prejuízos ainda maiores não apenas para as empresas e produtores, mas para toda a sociedade. E, enquanto isso não ocorre, que ao menos seja respeitada a liberação de transporte de produtos da cadeia de perecíveis”, conclui Campagnolo.”

 

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