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Paralisação “não é o melhor caminho”, diz Abcam

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Assim que terminou a reunião da tarde desta quarta-feira (22) na sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), divulgou nota defendendo a continuidade do diálogo com o governo e lembrando de alguns avanços obtidos pela categoria. Confira a íntegra da nota:

Ministros Antonio Carlos Rodrigues (Transportes) e Miguel Rossetto, secretário-geral da Presidência, e o presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres, Jorge Bastos, em reunião com caminhoneiros Fabio Pozzebom/ABr

Ministros Antonio Carlos Rodrigues (Transportes) e Miguel Rossetto, secretário-geral da Presidência, e o presidente da Agência Nacional de Transportes Terrestres, Jorge Bastos, em reunião com caminhoneiros Fabio Pozzebom/ABr

“A reunião desta quarta-feira (22) entre Governo Federal e representantes do setor de transporte rodoviário de cargas terminou sem a aprovação da tabela mínima de frete impositivo, principal demanda dos caminhoneiros.

A verdade é que essa decisão já era de se esperar. O presidente da Abcam (Associação Brasileira dos Caminhoneiros), José da Fonseca, enfatizou em diversas reuniões do setor que a tabela mínima de frete não seria aprovada.“Diante do discurso feito repetidamente pelos representantes do governo e da avaliação de especialistas no que tange a inviabilidade de criar um frete mínimo para todo o país, a declaração de hoje apenas confirma a avaliação que eu havia feito desde o começo”, comenta o presidente.

A reunião, que durou apenas uma hora e meia, terminou com ameaças de paralisações nas estradas de todo o país, o que para a Abcam, não é o melhor caminho. “De nada vai adiantar fazer greve pois continuaremos sem a aprovação desta tabela, além do risco do caminhoneiro ser multado ou se envolver em algum ato violento”, explica Fonseca.

A Abcam sugere que aqueles que desejarem realizar algum tipo de protesto, que fiquem em casa, e deixem de rodar. Mas reforça que o ideal, neste momento, é que se mantenha o diálogo com todos os órgãos do governo, para que assim, seja possível articular novas propostas de interesse do setor. Podemos pedir agora, que o Governo se esforce para reduzir o preço do óleo diesel ou retirar os impostos embutidos nele.

Vale lembrar que a Lei dos Caminhoneiros foi um grande passo dado, sendo possível agora a isenção de pedágio por eixo suspenso, a conversão em advertência das infrações por excesso de peso nos dois últimos anos, a regulamentação da jornada de trabalho, dentre vários outros pontos constantes na nova Lei.

“É importante lembrar que o caminhoneiro é mais forte quando se une aos seus colegas da classe, quando se unem ao seu sindicado, associação e federação. Quando todos lutam, por um mesmo objetivo, o seu poder de barganha é muito maior”, finaliza Fonseca.”

ABCAM – Associação Brasileira dos Caminhoneiros

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