Protesto é contra aumento do preço do diesel
Nelson Bortolin – Reportagem Local
Transportadores de vários Estados, organizados pelo WhatsApp, prometem bloquear as rodovias do País na próxima terça-feira (1º) em protesto contra o decreto federal que aumentou os impostos sobre combustíveis. A medida acarretou um reajuste no valor do óleo diesel que varia de R$ 0,21 a R$ 0,26 o litro. A estimativa é que os custos do transporte de carga tenham crescidos em 4%.
“Temos mobilização em todo o território nacional. São caminhoneiros, sindicatos, empresários. Vamos convocar toda a sociedade que também sofre com esse aumento”, afirma Gilson Baitaka, líder do Movimento dos Transportadores de Grãos e Derivados (MTG), de Mato Grosso. “Vamos ficar parados até o governo revogar o decreto. Quem não aderir, vai ser parado nas estradas”, conta.
Questionado sobre as liminares judiciais que determinam o fim dos bloqueios toda vez que os caminhoneiros se manifestam, ele afirma: “Isso é para depois. Vamos tratar caso a caso. Agora o importante é a sociedade se juntar a nós.”
Baitaka diz estar cansado de ver o frete tornar-se o “vilão” do País. “As empresas usam o aumento do diesel para reajustar seus preços. Mas é uma desculpa porque o frete não aumenta.”
CAUTELA
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam) divulgou nota, segundo a qual, as federações estão realizando consultas com os transportadores de seus Estados para “saber a vontade em aderir ou não à uma paralisação”. “Até o momento, não recebemos nenhuma sinalização de adesão à greve”, explica o presidente da Abcam, José da Fonseca Lopes.
Segundo a nota, a paralisação pode trazer um prejuízo muito maior ao transportador, que além de perder um dia de remuneração, continuará a arcar com a alta dos impostos. “A solução encontrada é aumentar o frete em média 5%, passando o aumento do custo para o contratante.”
A Abcam afirma que respeitará a decisão daqueles que optarem pela greve, entretanto solicita que a manifestação seja feita em casa, com os transportadores deixando de entregar suas cargas, e não bloqueando as rodovias. “É preciso respeitar o direito de ir e vir de cada um. Aqueles que quiserem aderir à greve serão respeitados, porém não será aceito impedir que aqueles que desejam trabalhar, continuem seu trajeto”, diz Fonseca, pela assessoria.
1 comentário
Mais uma vez veremos muitos serem manipulados por interesses escusos.
São pessoas querendo tirar proveito para se projetar como “defensores” da categoria, empresários nos colocando nosso pescoço na “guilhotina” para aumentar o valor do frete e da uma banana para os que fecharam estradas, etc.
Nós que somos autônomos sempre seremos os derrotados e perdedores.
Precisamos ter consciência de sermos o “ELO” principal dessa engrenagem.
Sou contra o fechamento de rodovias, pois gera prejuízos para os que nada tem haver com nossa reivindicação e aumenta a rejeição e criminalização da categoria já tanto marginalizada.
O que penso poder mudar a situação é, não aceitarmos carregar com o preço defasado, somente assim é que obteremos êxitos, mas como a grande maioria é individualista, essa alternativa que seria a correta está longe de ser alcançada.
Portanto a greve mais uma vez com os manipuladores de plantão não vai resolver o nosso problema!
A mudança só acontecerá se começar “comigo”, ou seja; deixar de repassar a responsabilidade para os outros e cada um assumir a sua parte, se conseguirmos impor a nossa vontade desde que ela seja coerente, a mudança terá um grande e proveitoso sucesso!
Acorda companheiros, busquem informações, pesquise, estude quias os interesses envolvidos para depois tomar posição e agir.