Das atuais sete opções da linha atual P, G e R, a Scania passa a oferecer 19 tipos de combinações variantes das novas cabines R, S, P, G e a XT para operações mais severas. A cabine S é uma das principais novidades para o Brasil, pois traz o piso plano que melhora o deslocamento interno, propiciando mais conforto para o motorista.
A estrutura básica das cabines foi desenvolvida em estreita cooperação com a Porsche Engineering, empresa que pertence ao mesmo grupo da Scania. Houve um intenso trabalho aerodinâmico para superar as cabines PGR, eliminando todos os vãos e frestas e gerando um ganho no arraste de cerca de 2%.
Para aumentar a eficiência do sistema de frenagem, a solução foi trazer o eixo dianteiro 50 mm para a frente. Aliado ao centro de gravidade mais baixo da cabine, um cavalo mecânico 4×2 com cerca de 40 toneladas de peso total pode parar totalmente, por exemplo, numa velocidade de 80 km/h, em uma distância 5% mais curta.
Internamente, a posição de direção do motorista foi deslocada 65 mm mais próximo do para-brisa e 20 mm para o lado, em comparação com a cabine atual. Com isso, melhorou o espaço para as camas e regulagem dos estágios da suspensão a ar dos assentos.
A melhor visibilidade foi alcançada graças a uma maior área envidraçada frontal e pela realocação numa posição mais baixa do painel de instrumentos.
Em função do alto índice de capotamentos no Brasil, sobretudo nas composições que tracionam os CVCs, as novas cabines podem ser equipadas com airbags laterais, que são integrados ao teto da cabine, uma técnica que nunca havia sido usada em caminhões. Com isso, a engenharia da Scania espera reduzir em até 25% o índice de fatalidade neste tipo de acidente.