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Decisão da Ford de fechar fábrica pega rede de concessionárias de surpresa

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Informação chegou às empresas pela internet antes da teleconferência realizada pela montadora

Nelson Bortolin

A notícia do fechamento da fábrica de caminhões da Ford em São Bernardo do Campo (SP), divulgada na tarde desta terça-feira (19) pegou de surpresa a rede de concessionários da marca. A montadora havia marcado uma teleconferência com os diretores das lojas de todo o País, mas, a notícia chegou antes pela internet.
O gerente comercial da Divepe em Recife (PE), Romero von Sohsten, participou da teleconferência. “Sabíamos que haveria um comunicado muito importante, mas não sabíamos qual”, afirma. Ele conta que a informação sobre o fechamento da fábrica chegou minutos antes do início da teleconferência, pelas redes sociais.
De acordo com o gerente, durante a transmissão, a Ford basicamente repassou as informações que havia divulgado em comunicado à imprensa.
Ele ressalta que a surpresa foi grande. “Durante eventos realizados pela montadora no ano passado, a rede foi incentivada a investir”, conta.
Questionado se a Divepe vai continuar no varejo de caminhões, o gerente responde: “Vamos ficar no ramo automotivo.”
De qualquer forma, de acordo ele, a concessionária vai manter o pós-venda dos caminhões Ford. “Nossa preocupação é com o cliente que acreditou na gente e também com os nossos colaboradores.”
A Divepe tem duas lojas em Pernambuco e três em São Paulo. Só a de Recife emprega 90 pessoas.
O vendedor de outra concessionária diz que ainda está com as pernas bambas. “Eu cheguei aqui (na loja) e já tinha essa notícia.” Segundo ele, nunca houve qualquer boato sobre o fechamento da fábrica. “Eu juro por tudo que é mais sagrado.” A direção da empresa ainda não reuniu os trabalhadores.
“O que sabemos é o que todo mundo está sabendo”, diz o gerente de outra loja, com cerca de 20 funcionários. Ele diz que não entende a postura da marca, já que o mercado está aquecido.
O gerente explica que a direção da concessionária reuniu os funcionários já na terça-feira e afirmou que também foi pega de surpresa com a notícia. Mas procurou tranquilizá-los. “Disseram que não pensam em fechar”.
Questionado se loja deve passar a atender outra marca, ele responde: “Eles (direção) não foram explícitos, mas com certeza é isso.”
A reportagem tentou contato com a Associação Brasileira dos Distribuidores Ford Caminhões (Abrafor), mas a diretoria da entidade passou toda a manhã desta quarta-feira em reunião.

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4 Comentários

  1. Estratégia, Marketing, não importam as razões e/ou alegações.

    As empresas precisam fazer o que fazem propaganda e não cumprem. Esta forma desleal de tratar Concessionários e clientes, caso tivéssemos uma legislação eficiente, não seria tolerada. Ao contrário, seria punida com multas pesadíssimas para que não houvessem outros casos similares.

    Grandes grupos econômicos, ao redor do mundo, adotam políticas que vão de encontro aos interesses do país e/ou de seus clientes. Este é mais um caso no qual se constata esta forma truculenta de agir com parceiros e admiradores da marca.

    Recentemente tivemos uma “ameaça velada” da GM/Chevrolet de não mais investir por estas plagas. Chantagem econômica, ação de desestabilização intencional ? Não se sabe ao certo.

    Consumidores/Concessionários/Parceiros fiquem atentos e deem uma resposta à altura destas ações e contramedidas adotadas no Brasil, por fabricantes que menosprezam o nosso Mercado.

    • Fábio Florêncio on

      No Brasil a política de protecionismo ao mercado automobilístico gera esse ” Podemos Tudo!”, em outros países isso não aconteceria, pois as leis são mais duras.
      Agora vamos pensar naquele caminhoneiro que comprou com muito sacrifício seu caminhão da marca Ford, ELE terá uma desvalorização injusta por conta desse fechamento. E o Brasil nada faz em relação à isso. É lamentável !!!!!!!
      Sem dizer que em todos os modelos, até o mais antigo sofrerá desvalorização por conta disso.

      Brasil… Paraíso… Comem o filé e se a fase parece ruim, abandonam o barco sem a menor ética ou fidelidade. Ainda que nosso mercado atual para o segmento está em aceleração.

  2. Penso que essa é mais uma manobra de montadoras para surrupiar o salário de seus funcionários, gostaria de estar enganado, mas creio não estar. A tal de “carteira verde e amarela” já está a caminho de ser aplicada com perda de todos os direitos trabalhista! Isso é que dá votar em gente que promete até lote na lua com ruas asfaltada, rede de esgoto, água e luz elétrica!
    A FORD já dava sinas de não se importar com os consumidores, assim como outras que passaram ou ainda permanecem por aqui, como GM, Fiat, Sinitruck e etc que montaram caminhões em nossa nação e depois desistiram do projeto deixando milhares de consumidores a ver navios!
    Um conhecido proprietário de um Cargo esperou por mais de um mês para troca de um motorzinho do limpador do para-brisas que parou durante a garantia! Isso mostra a preocupação dessa gente com aqueles que confiaram neles.
    Sugiro que daremos o troco a esses que só pensam no lucro exorbitante; não comprar carros de nenhuma marca que age assim sem compromisso! Quem não se lembra dos GM com motor Detroit? Dos FORDs F-750 com roda raiada e freio a ar? do FIAT`s 190F27 e 130, dos Hovo 380 (sinotruck)? Todos esses prometiam garantia de manutenção, peças a preço competitivo e um montão de “benefícios” que jamais existiam depois da compra! Mas infelizmente somos manipulados com pouca conversa no pé do ouvido e mesmo sabendo da índole desses homens caímos na conversinha fiada!
    GM por duas vezes abandou o projeto de caminhões e mesmo assim teve quem comprasse lançamentos dessa marca, a FORD fez isso já por duas ou três vezes, a FIAT já fez uma vez com os citados acima quando adquiriu a FNM, mudou o nome do bruto e depois desativou a fabrica e assim a roda vai girando e o consumidor sendo enganado!
    E os concessionários como ficam? Será que serão ressarcidos pelos investimentos que fizeram? Eita Brasil sem leis que nos protegem, triste noticia para todos, empregados de concessionária, da montadora e consumidores, sem contar o prejuízo gerado pelos impostos pagos!
    Por fim, não vejo a “luz” no fim do túnel, fazemos parte de uma nação de enganados e enganadores.

  3. Fábio Florêncio on

    No Brasil a política de protecionismo ao mercado automobilístico gera esse ” Podemos Tudo!”, em outros países isso não aconteceria, pois as leis são mais duras.
    Agora vamos pensar naquele caminhoneiro que comprou com muito sacrifício seu caminhão da marca Ford, ELE terá uma desvalorização injusta por conta desse fechamento. E o Brasil nada faz em relação à isso. É lamentável !!!!!!!
    Sem dizer que em todos os modelos, até o mais antigo sofrerá desvalorização por conta disso.

    Brasil… Paraíso… Comem o filé e se a fase parece ruim, abandonam o barco sem a menor ética ou fidelidade. Ainda que nosso mercado atual para o segmento está em aceleração.

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