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Caminhoneiros são 27º grupo prioritário para vacina

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Na parcela de 36% da população que tem prioridade para a imunização, há cerca de 70 milhões na fila antes dos motoristas

Nelson Bortolin

Os caminhoneiros são o 27º grupo entre os 29 prioritários do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid (PNO), do Ministério da Saúde. São considerados prioritários cerca de 77,2 milhões de brasileiros, ou 36% de toda a população.

Antes dos caminhoneiros, estão com lugar reservado na fila, por exemplo, idosos, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência e em situação de rua, professores e integrantes das Forças Armadas (ver quadro).


Essa ordem, no entanto, pode mudar. É que, na Câmara dos Deputados, tramita um projeto que inclui outras categorias como prioritárias.

Por diversos fatores, é impossível saber quando os motoristas serão vacinados. O plano do governo prevê imunizar 1,241 milhão desses profissionais. Antes, há cerca de 70,6 milhões de pessoas na fila.
As duas vacinas que estão disponíveis no Brasil até agora – Coronavac e Oxford/Astrazeneca – exigem duas doses. Até agora foram cerca de 18 milhões de vacinados com uma dose e apenas 5 milhões com as duas.

O governo diz que contratou 562 milhões de vacinas para serem entregues até dezembro, quantidade mais que suficiente para vacinar toda a população, inclusive as pessoas com menos de 18 anos, para as quais a imunização ainda não é indicada.

Mas entre essas doses, há vacinas que sequer foram autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). E o que é pior: o cronograma de repasse aos Estados vêm sofrendo constantes adiamentos.
Segundo quadro divulgado pelo Ministério da Saúde, até 31 de março deveriam ter sido entregues quase 55 milhões de doses, mas só 33 milhões chegaram aos municípios.

E para piorar ainda mais, nesta quarta-feira (31), o novo ministro da Saúde Marcelo Queiroga divulgou que, em abril, serão distribuídas apenas metade das 47 milhões de doses previstas para o mês. Ou seja, no final do mês o Brasil terá disponibilizado para os municípios 56,5 milhões de doses.

Como já foram vacinados 18 milhões de pessoas, ainda há 53 milhões na frente dos estradeiros.

Ainda faltariam aproximadamente 14 milhões para dar início à vacinação da categoria, o que poderia ocorrer em maio. Mas essa é uma perspectiva muito otimista porque são necessárias duas doses de vacina para cada pessoa. No caso da Coronavac, a segunda dose tem de ser num intervalo de 21 dias. No da Astrazeneca, de 120 dias.

E o problema não é apenas ter as doses à mão. É preciso ter capacidade de vacinar. Hoje, o Brasil não consegue aplicar 500 mil vacinas por dia. Nesse ritmo, não é possível chegar a 15 milhões por mês.

O ministro da saúde prometeu que, em breve, será possível aplicar 1 milhão de doses diárias, mas essa meta ainda está longe de ser alcançada.

A Revista Carga Pesada espera estar errada em suas contas ou que o governo consiga obter as vacinas mais rapidamente e aplicá-las num ritmo bem mais veloz.

Questionado se já tem um planejamento de como será feita a vacinação dos caminhoneiros, o Ministério da Saúde disse, por meio de sua assessoria, que “estados e municípios têm autonomia para montar seu próprio esquema de vacinação e dar vazão à fila de acordo com as características de sua população, demandas específicas de cada região e doses disponibilizadas. Conforme a Campanha de Vacinação local avança, estados e municípios podem ampliar a imunização dos grupos prioritários, desde que sigam a ordem prevista no Plano”.

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5 Comentários

  1. UM PAÍS JA EM CRISE, UM COLAPSO TOTAL. A GENTE LAVANDO O REMÉDIO ATÉ O HOSPITAL, LEVANDO O ALIMENTO ATÉ O SUPERMECADO, E DIVERSAS OUTRAS COISA QUE NÃO DEIXA O PAÍS PARA.
    NEM O INCENTIVO PARA SE VACINA E CONTINUAR LUTANDO.

    • Tem que parar td com uma greve generalizada e só voltar quando todos caminhoneiros estiverem vacinados….. chega de PALHAÇADAAAAAAA

      • E uma vergonha,os sindicatos,são comprados pelo governo,pela empresas,ninguém faz nada pela categoria,nós também temos culpas,por não sermos unidos,isso é uma grande vantagem,que o governo e as empresas tem,porque eles sabem,que a classe não tem união,por isso não dão a mínima,pela categoria,infelizmente essa é a realidade.

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