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Lei elevou custos da Transpes em até 15%

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A diretora de Marketing e Relacionamento, Tarsia Gonzalez – Foto Christoph Reher

Luciano Alves Pereira

Com a Lei 12.619, a Lei do Descanso, a transportadora mineira Transpes teve um aumento de custo entre 13% e 15%. A empresa está se ajustando à nova realidade do transporte rodoviário de carga. “Ainda estamos na fase de conversar e trocar impressões com outros representantes do setor e das partes envolvidas, para traçar um diagnóstico preciso da nova situação”, afirma a diretora de Marketing e Relacionamento, Tarsia Gonzalez.

Para ela, o novo cenário pode levar a um processo de fusão das transportadoras brasileiras, com o objetivo de reduzir custos e recuperar a rentabilidade, semelhante ao que ocorreu nos bancos. “Esta é uma possibilidade”, afirma.

Tarsia diz que está se configurando um grande problema para o setor: “Nós dispomos de 750 equipamentos e, já no primeiro mês de cumprimento da lei, tivemos um aumento de gastos de 13% a 15%. Temos de ajustar isso, não dá para suportar”.

Por outro lado, acrescenta, os autônomos não estão sujeitos às mesmas limitações das empresas. “Eles se rebelaram, fizeram greve e corre a notícia de que alguns começam a praticar irregularidades com os seus discos do tacógrafo, de forma a trafegar por tempo além dos limites da lei.”

O quadro de mudanças, porém, ainda não comprometeu as boas previsões de faturamento da Transpes. “Há muitos negócios engavetados, prontos para serem aprovados”, observa a diretora. A queda da atividade econômica em geral, manifestada pelo baixo crescimento do PIB, tem sido um empecilho. Mesmo assim, a meta de alcançar R$ 350 milhões em 2012 poderá se concretizar com a melhoria habitual dos negócios no segundo semestre.

Clique aqui e leia entrevista completa concedida pela empresária à Revista Carga Pesada. E aqui para saber mais sobre a Lei do Descanso.

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1 comentário

  1. Lei no Brasil é como gripe, Umas pegam outras não. Espero que esta seja aplicada corretamente. A redução de custos virá a médio prazo quando for percebido por todos que com motoristas mais descansados as estradas deverão estar mais seguras. Assim menos tempo perdido em engarrafamentos provocado por acidentes e melhor qualidade de vida para os motoristas e suas famílias, o que em breve refletirá no bom humor geral de todos e na saúde física e mental destes profissionais. Teremos menos custos também de manutenção e redução de internamentos.Faltava boa vontade em implementar a Lei para o benefício de toda a sociedade.Quanto à redução de custos e/ou fusões acredito que poderiam ser adotados Pontos de Apoio e permuta de Motoristas que tivessem cumprido sua jornada por outros em pontos estratégicos(cidades) a intervalos pré-definidos e de acordo com a conveniência das transportadoras.

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