Primeira leva beneficia 2.793 motoristas de 55 mil inscritos
Falta de motorista – O transporte brasileiro tem enfrentado escassez de mão de obra qualificada, com as competências técnicas e operacionais necessárias às demandas do setor.
Conforme dados da CNT (Confederação Nacional do Transporte), mais de 40% de empresas do transporte rodoviário de cargas e do transporte rodoviário urbano de passageiros têm dificuldades para encontrar profissionais com todas as capacidades exigidas, principalmente motoristas.
Dentre as razões para esse cenário, está o elevado nível dos requisitos exigidos para exercer as atividades do setor. Quem quer trabalhar, hoje, como motorista de ônibus ou de transporte de produtos perigosos, por exemplo, precisa ter mais de 21 anos e carteira de habilitação nas categorias D ou E e realizar cursos de formação especializada.
Por conta dessa realidade, o SEST SENAT lançou, em 2023, o projeto Mais Motoristas, que visa aumentar o número de motoristas profissionais por meio do custeio da mudança gratuita de categoria da CNH e da oferta de curso de formação.
Em sua primeira edição, a iniciativa do SEST SENAT recebeu aproximadamente 55 mil inscritos, sendo mais de 8,5 mil provenientes do estado de São Paulo e 7,3 mil do Mato Grosso do Sul.
A instituição disponibilizou, inicialmente, 2.793 vagas, em 86 unidades operacionais, em todas as regiões do país. Tudo com o objetivo de combater a falta de motorista. No dia 28 de agosto, foi divulgada a lista dos convocados para a primeira chamada da iniciativa. Ao longo dos próximos meses, serão realizadas novas chamadas.
A diretora executiva nacional do SEST SENAT, Nicole Goulart, explica que o programa entregará ao mercado de trabalho milhares de profissionais prontos para iniciarem a atuação no setor de transporte. “Nós unimos, nessa iniciativa, as exigências de legislação e de capacitação para facilitar a vida do trabalhador e da empresa. O SEST SENAT vai custear os serviços necessários à mudança de categoria de CNH de todos os candidatos selecionados, o que custa de R$ 3 mil a R$ 4 mil, dependendo da região do país. Também capacitamos os profissionais em cursos que aliam teoria e prática em veículos com tecnologia embarcada”, diz.
Como funciona o programa para enfrentar a falta de motorista
A mudança de categoria de CNH pode ser de AB, B, AC ou C para D ou E; e de D para E. Após a conclusão do processo da troca de carteira, o aluno vai realizar um dos cursos da Escola de Motoristas: Transporte de Produtos Perigosos; Cargas Indivisíveis; Transporte Coletivo de Passageiros; ou Transporte de Escolares.
Os convocados, nessa primeira chamada, receberam um email com todas as orientações e o encaminhamento para que compareçam às unidades escolhidas no ato da inscrição para levar a documentação exigida.