No Plano Nacional de Logística e Transporte (PNLT), lançado no ano passado, o governo federal propõe uma meta extremamente ousada: quer reduzir a participação do modal rodoviário no transporte de cargas para menos da metade. Hoje, 61,1% dos produtos são levados por caminhão; em 2025, esse volume não passaria de 30%. O modal aquaviário é o que mais deve crescer, de 13,6% para 29%, segundo estima o governo (veja quadro).
Isso significa elevar o volume de cargas levadas por barcos de 240 para 440 milhões de toneladas no período de 2015 a 2025, segundo o recém-elaborado Plano Nacional de Integração Hidroviária (PNIH), que abrange cinco bacias hidrográficas brasileiras. No grupo dos granéis sólidos agrícolas (açúcar, cereais, arroz, café, cana, milho, soja e trigo em grãos), a quantidade subiria de 34 milhões de toneladas para 86 milhões de toneladas.
Para Miritituba, o plano prevê 3,3 milhões de toneladas de grãos em 2015 e 4,4 milhões em 2020. Depois haverá uma redução para 1,6 milhão de toneladas em 2025, porque, até lá, o governo quer viabilizar a hidrovia Teles Pires-Tapajós, levando as barcaças para mais perto das áreas de produção, ligando o Norte de Mato Grosso ao Rio Tapajós.
Governo quer apenas 30% das cargas nas rodovias
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