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Ari de Carvalho foi de repórter a diretor na Mercedes-Benz

DAF - Oportunidade 2024
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Ari de Carvalho tem 27 anos de trabalho na Mercedes-Benz – uma longa dedicação que o fez
chegar à diretoria

Dilene Antonucci

1Em 1989, o jornalista Ari de Carvalho foi contratado pela Mercedes-Benz para trabalhar na revista Qualidade de Serviços, publicação técnica voltada para a rede concessionária. Nunca mais saiu da Mercedes. Foi galgando posições até chegar à diretoria. Primeiro, foi diretor de pós-venda e, desde o ano passado, é diretor de marketing & vendas. Por onde passou, deixou a marca da inovação.
Nas comemorações dos 60 anos da marca, Carvalho deu a seguinte entrevista à Carga Pesada:

Sua experiência no pós-venda o ajuda agora a vender caminhões?
Muito. Quando faço um planejamento de venda, eu olho o veículo não apenas como veículo, mas como a solução de um problema mais amplo que está sendo procurada pelo cliente.

Esses 27 anos lhe permitiram construir diferenciais na Mercedes em relação à concorrência?
Acredito que sim. Sempre procurei inovar. Da minha época de pós-venda, guardo um orgulho muito grande da nossa central de atendimento, que foi pioneira no uso de e-mail para receber reclamações de clientes, foi pioneira no chat, no uso das mídias sociais, na interação com o cliente. Em termos de produtos de pós-vendas, fomos muito inovadores quando lançamos a [linha de peças remanufaturadas]Renov. O cliente sempre teve muito amor pelo motor dele, pelo câmbio dele, e quebramos um paradigma com a Renov. Fomos pioneiros ao lançarmos a [marca de peças novas]Alliance. Somos a única montadora que tem três linhas de peças.
No pós-venda, fizemos bastante. Existe uma gama de serviços muito completa que hoje ajuda a vender caminhão Mercedes-Benz.

Falando em uso de mídias sociais, a sua origem como comunicador trouxe alguma contribuição neste campo?
Sim, porque o jornalista, por profissão, tem de jogar em todas as posições. Ele tem que cobrir esporte num dia; no outro, polícia; se o repórter de economia faltar, ele vai para a economia. O jornalista tem que falar de tudo, pensar em tudo. Essa visão abrangente me ajudou muito.

O fato de ter entrado na Mercedes tendo que escrever sobre pós-venda, como jornalista, também o ajudou?
Sim. Eu visitava concessionárias para fazer matérias. Isso tudo foi bagagem. E aí, depois do serviço 24 horas, eu montei a central de atendimento. Depois, passei para a área de automóveis. Fiquei cinco anos. E voltei para veículos comerciais. Agora estou em vendas.

O momento econômico atual está bem difícil. Qual é a sua análise, como diretor da Mercedes?
Comparo a situação de hoje com a de uma represa. É quando a água baixa que você começa a ver as pedras. Então, agora, quando o volume está baixo, temos condições de ver onde se pode melhorar. Estamos buscando atender melhor as oportunidades de mercado que, muitas vezes, não podem ser localizadas quando a represa está cheia.

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