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Cai participação do Brasil na receita da Cummins

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O desaquecimento da economia e a desvalorização do real fizeram a participação do Brasil cair na receita da Cummins na América do Sul. Ela era de 59% em 2013 e foi para 53%, no ano passado. O balanço da empresa de 2014 foi divulgado nesta segunda-feira (23) em São Paulo. Os resultados da América do Sul e do Brasil mostraramligeira queda na venda em dólares. No conjunto dos países sul-americanos, a empresa vendeu cerca de US$ 1,52 bilhão em 2014 contra US$ 1,6 bilhão em 2013 [incluindo joint-ventures regionais cujos faturamentos não são consolidados em livros da Cummins).

Motor Cummins ISG 12 Fuel Side

A Cummins considera esta queda, como pequena e o resultado ótimo, perante a crise econômica em vários países e sobretudo perante a forte desvalorização das moedas no continente. A estratégia da empresa de investir em novos segmentos e aumentar o foco em países vizinhos mitigou muito o impacto negativo de vários segmentos de negócios no Brasil.

Nesse contexto, o Brasil respondeu por 53%, seguido por Chile 23%, Argentina 8%, Peru 7%, Colômbia 6% e outros 3%. Os resultados por segmentos, na América do Sul, mostram que coube à unidade de negócio de Motores a participação de 41%, Distribuição 31%, Componentes e Geração de Energia, ambas com 14%.

“O Brasil, na receita bruta da América do Sul, viu sua participação cair de 59% em 2013 para 53%, diante da desaceleração econômica e da desvalorização do real. E, na outra ponta, vimos crescer a nossa participação na Argentina, que movimentou o setor de óleo e gás a partir do xisto, e no Chile, onde o setor de serviços de motores para o setor de mineração ganhou expressivo crescimento”, explica Luis Afonso Pasquotto, presidente da Cummins América do Sul e vice-presidente da Cummins Inc.

De todo modo, tanto na América do Sul como no Brasil, cresceu a participação da Cummins no aftermarket, outro segmento onde a atenção da empresa cresceu muito nos últimos anos.

Em relação ao volume de produção de motores destinados a todos os segmentos da empresa, incluindo agricultura, ônibus, construção civil, geração de energia, marítimo e caminhões, a Cummins no Brasil produziu – em 2014 – 54.101 unidades, queda de 22,4% ante o total de 69.722 motores fabricados em 2013.

Mas a Cummins conseguiu manter sua liderança com 28% de participação na produção de motores Diesel para caminhões acima de 3,5 toneladas no País. No mercado de ônibus, na produção a Cummins alcançou 13% de participação no Brasil com mais de 5.200 unidades produzidas.

“Apesar de todas as dificuldades na América do Sul, em 2014, a Cummins Inc. acredita sem hesitação no potencial da região, sempre com visão de médio e de longo prazos. A demanda crescente por energia eficiente e mais limpa, a globalização, as tendências das legislações ambientais e a volta dos investimentos em infraestrutura que mais cedo ou mais tarde voltarão, nos animam. Na área de motores, nossos investimentos na produção local de modelos da Série ISF serão mantidos, assim como na renovação de nossas plantas industriais, na melhoria de produtividade, qualidade e na estratégia de redução de custos”, analisa Pasquotto, “para tanto estamos investindo U$ 48 milhões este ano, com o objetivo de nos mantermos líderes em tecnologia e ter sucesso nas parcerias com os clientes”.

A análise positiva do presidente da Cummins América do Sul, no curto prazo, está nas pós vendas e nas oportunidades do setor energético brasileiro, que abrem perspectivas promissoras para os geradores de energia. “Também no segmento de fora de estrada, o Tier 3, que traz nova legislação de redução de emissões para o Brasil, já partir deste ano, para novas máquinas de construção”, elucida Pasquotto.

Balanço internacional

A Cummins Inc. fechou o ano de 2014 com faturamento bruto de US$ 19,2 bilhões, 10,98% superior ao ano de 2013, quando chegou a US$ 17,3 bilhões. Além disso, a empresa norte-americana superou em 6,6% o último recorde anotado em 2011, ano em que contabilizou US$ 18 bilhões em receita bruta.

A diversidade de negócios, liderança em tecnologias em todos os segmentos em que atua, investimentos focados no crescimento, capacitação técnica no atendimento às regulamentações mundiais de emissões e distribuição global com presença em mais de 190 países e territórios são os principais motivos de mais um recorde de faturamento.

A receita bruta global em 2014 por segmento indica a predominância de motores com participação de 46%, seguido por componentes e distribuição, ambos com 21%, e geração de energia com 12%. E, com a recuperação norte-americana, Estados Unidos e Canadá responderam por 56% do faturamento, seguidos por Ásia 9%, América do Sul e México 8%, Europa e Oriente Médio 15%, China 8%, Índia 3% e África 1%.

A unidade de negócio de Motores faturou em 2014 US$ 11 bilhões, com oferta de produtos a Diesel e a gás natural que cobrem a faixa de 2.8 litros a 95 litros, com potências de 49 hp a 5.100 hp. Motores leves, médios e pesados (de 2.8 litros a 15 litros) responderam por 62% do faturamento, 13% são de motores de alta potência (de 19 litros a 95 litros) e 25% foram correspondidos por peças e componentes.

As unidades de negócio de Componentes e de Distribuição anotaram faturamento de US$ 5,1 bilhões e US$ 5,2 bilhões, respectivamente. E, finalmente, a unidade de negócio de Geradores de Energia faturou US$ 2,9 bilhões. Cabe ressaltar que os valores de cada segmento individualmente incluem vendas entre unidades de negócio que são posteriormente eliminadas no resultado global consolidado.

“Além destes bons números, a Cummins Inc. investiu em 2014 algo em torno de US$ 750 milhões em pesquisa e desenvolvimento e engenharia, focada em tecnologia e energia limpa, sustentável e segura”, afirma Luis Afonso Pasquotto, presidente da Cummins América do Sul e vice-presidente da Cummins Inc. “O resultado desse investimento reverteu-se em 66 novos produtos lançados em 2014, mais de 60 patentes concedidas e ao redor de 200 projetos com patentes iniciadas”.

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