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Duas especialistas em mão de obra

DAF - Oportunidade 2024
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Para esta seção de Mulheres, a Carga Pesada conversou com duas profissionais que sabem muito sobre mão de obra estradeira: Salete Marisa Argenton, gerente da filial da Fabet em São Paulo, e Márcia Senger, coordenadora pedagógica da Transportadora Binotto, mas que também já trabalhou na Fabet. Elas dão uma visão geral sobre o problema e apontam saídas.

Salete entende que as transportadoras devem procurar novos talentos para a função de motorista e dar oportunidade para que se capacitem. “Atuar como caminhoneiro no modelo de duas décadas atrás não é nada atrativo. Porém, o perfil desejado pelo mercado mudou, requerendo cada vez mais excelência na prestação de serviços”, afirma.

De qualquer forma, ela acha que o profissional do volante vem sendo mais valorizado pelos empregadores e que esse é o “início da solução do problema da escassez de mão de obra no setor.

Catarinense de Concórdia, formada em Espanhol, com pós-graduação em Gestão Escolar e MBA de Executivo em Negócios, Salete é uma entusiasta do ensino profissionalizante. Por isso, foi convidada para trabalhar na Fabet. “Eu me convenci de que o sonho da humanização do trânsito era possível por meio da capacitação dos profissionais.”

Márcia Senger se envolveu com o setor de transportes ao se candidatar a uma vaga de educadora no Sindicato dos Transportadores de Concórdia. Isso foi em 1996, antes da entidade criar a Fabet. Pedagoga especializada em psicologia social, ela conta que foi contratada e imediatamente se identificou com o trabalho. “Tudo estava começando. Havia muita vontade de criar um espaço onde se discutiria a profissão”, recorda.

Quando a Fabet foi implantada, ela assumiu a coordenação pedagógica. Antes, viajou para a Bélgica para saber como são formados os motoristas europeus. “Aquilo é um sonho para nós, brasileiros. Visitamos o Instituto Maria Duin, que desenvolve programas educacionais para verdadeiros gestores de caminhão”, conta.

Para ela, que hoje está na Transportadora Binotto, a profissão de motorista de caminhão ainda tem o seu “glamour”. “Muitos sonham com ela. O que desestimula é a falta de infraestrutura para que o motorista se mantenha muito tempo na estrada. Há o problema da insegurança e também a baixa remuneração”, ressalta.

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2 Comentários

  1. Possuo CNH há 11 anos. Atualmente trabalho com microonibus e amo o que faço. Concordo com a Salete quando diz:“Eu me convenci de que o sonho da humanização do trânsito era possível por meio da capacitação dos profissionais”, e com a Márcia ao afirmar: “Muitos sonham com ela. O que desestimula é a falta de infraestrutura para que o motorista se mantenha muito tempo na estrada. Há o problema da insegurança e também a baixa remuneração”. Por outro lado, penso que somente a capacitação e simplesmente o sonhar não nos proporciona tamanha certeza de conquista no setor de transporte. Eu, por exemplo, com certificado de cursos no setor de transporte, graduada em administração e pós-graduada no setor técnico-educacional (que por sinal está em alta) já enviei inúmeros currículos para várias empresas e nunca fui selecionada. Daí me pergunto: o que há de errado? A experiência? Mas como obtê-la sem que haja a primeira oportunidade? Acho um pouco difícil. Por fim, gostaria de uma sugestão. Grata, Alexandra.

  2. INFELIZMENTE REALALIDADE AQUI É OUTRA…todos formados, pseudos intelectuais, formados, nas melhores faculdades..etc…mas não resolvem, nem dão oportunidades..para novos motoristas..apenas teórias..papeis..

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