Scania Fenatran
VWCO Fenatran

Paraná “importa” profissionais da Colômbia

DAF - Oportunidade 2024
Pinterest LinkedIn Tumblr +

Os primeiros já chegaram, e existem 200 cadastros disponíveis. A iniciativa de convidar colombianos partiu do Sindicato das Transportadoras. Vaga é o que não falta

Nelson Bortolin

Segundo a NTC&Logística, faltam cerca de 100 mil profissionais para dirigir caminhões no Brasil – um número difícil até de acreditar. Mas que falta, falta. Para contornar o problema, o Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar) resolveu “importar” caminhoneiros da Colômbia.

Diego Castelblanco, 31 anos, é um deles. Em meados de fevereiro, ele chegou a Curitiba para iniciar treinamento no Instituto Setcepar de Educação no Transporte (Iset). “Vim em busca de uma vida melhor, de um salário melhor, e também para aprender português e conhecer o País”, afirma. Ele é da cidade de Ucaramanga. Na Colômbia, ganhava o equivalente a R$ 2 mil dirigindo caminhão, e no Brasil tem a promessa de uma renda entre R$ 3 mil e R$ 4 mil.

Castelblanco foi contratado pela Transportadora BBM para puxar bobinas de papel e produtos perigosos, entre outras cargas. Em seu país, estava acostumado a trabalhar até 14 horas diárias e aqui acredita que não vai ultrapassar a carga horária prevista na Lei do Descanso (12.619), que vigora há dois anos. A lei assegura aos caminhoneiros empregados os mesmos direitos dos demais trabalhadores brasileiros, ou seja, carga horária de oito horas diárias e 44 semanais. “Vou ter de dirigir menos, senão a polícia pega”, acredita.

Segundo o motorista colombiano, seu país vive bom momento econômico, mas, em sua profissão, as oportunidades no Brasil são melhores. “Acho que terei melhor qualidade de vida”, ressalta.

21

Oscar Rivera Nino, Raul Arias Echeverry, João Paulo Andrade Neto (instrutor), Walter Rincon Ruiz e John Edwin Palomino

João Paulo Andrade Neto é instrutor do instituto do Setcepar e treinou o grupo composto por dez colombianos, num curso que durou três semanas. “Além da integração, eles recebem informações sobre a legislação brasileira trabalhista e de trânsito”, conta.

O presidente do Setcepar, Gilberto Cantu, explica como se deu a aproximação da entidade com os motoristas colombianos. “Um instrutor colombiano participou de um curso do sindicato, no final do ano passado, e falou sobre a realidade do país dele neste setor. Voltou para a Colômbia e começou a enviar os currículos de caminhoneiros interessados em trabalhar no Brasil. Em três meses, já temos 200 cadastrados”, conta. A expectativa é de que, nos próximos meses, outros 50 motoristas sejam contratados por empresas no Paraná.

Moreflex
Compartilhar
Scania_DreamLine
Truckscontrol

Leave A Reply