Boa parte da produção tocantinense é deslocada para o porto maranhense por caminhões ou trem
Esta reportagem faz parte de uma série produzida pela Revista Carga Pesada em parceria com a Mercedes-Benz e trata da rota de grãos Tocantins/Maranhão.
Segundo o presidente do Porto de Itaqui, Ted Lago, quando o Terminal de Grãos (Tegram) foi projetado, a estimativa era que, no futuro, ele receberia 80% das cargas via ferroviária e 20% via rodoviária.
Há dois terminais de transbordo ferroviários da VLI no Tocantins, um na cidade de Porto Nacional (na região metropolitana de Palmas), e outro em Palmeirantes (oeste do Estado).
Atualmente, segundo Lagos, trens e caminhões têm participação próxima de 50% cada na movimentação de Itaqui.
Muita gente ainda prefere levar os grãos ao porto 100% pela estrada para voltar com o caminhão carregado de fertilizantes. A inauguração de um terminal ferroviário de fertilizantes ainda neste ano pode mudar essa lógica, levando esses produtos para o interior em cima de vagões.
Apesar disso, Lagos não acredita que o trem chegará a movimentar 80% dos grãos como previsto. “Tem muitas novas áreas agrícolas surgindo. O volume cresce muito. Então não acredito que vai diminuir a participação do caminhão”, alega.
PONTO DE ESPERA
O Porto de Itaqui não está mais permitindo que os caminhões permaneçam à espera de descarregamento em suas dependências. Conforme explica o presidente, nos últimos anos, o porto incentivou a criação de áreas privadas com essa finalidade.
Uma delas é o posto Valen, a 10 km do porto. “Tem hotel três estrelas atendimento médico e odontológico para os caminhoneiros e até cinema”, conta.
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