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RS vai tirar pedágio de mais da metade dos trechos concedidos

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Os contratos com as nove concessionárias no RS vencem neste ano, a partir de março

Fonte: Folha de Londrina

O governo do Rio Grande do Sul tomou uma medida radical em relação aos pedágios. Não irá renovar nenhum dos nove contratos que mantém há 15 anos com concessionárias privadas. Todos vencem neste ano. Em vez disso, criou a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), que irá gerenciar pedágios públicos nas rodovias estaduais. As tarifas devem ser reduzidas entre 25% e 30%. Já os trechos das rodovias federais serão devolvidos à União. Com isso, o Estado, que hoje tem 1,9 mil quilômetros de estradas pedagiadas, terá apenas 800.

O presidente da recém-criada EGR, Luiz Carlos Bertotto, ressalta que o Rio Grande do Sul já tem experiência com pedágios públicos. “Há três estradas aqui que são pedagiadas e controladas pelo Daer (Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem)”, conta. Segundo ele, com pedágio público, o Daer duplicou duas das três rodovias, enquanto as concessionárias privadas não duplicaram “nenhum quilômetro”.

A EGR é uma empresa pública de direito privado que vai fazer a administração de todos os trechos estaduais pedagiados, contratando empresas privadas para manter as rodovias. “Os recursos das praças de pedágio serão todos investidos na estrada onde foram arrecadados”, explica.

Bertotto diz que as três rodovias que já contam com pedágio público têm tarifas de R$ 2,40, enquanto, nas privatizadas, os preços vão de R$ 7 a R$ 14. Ele adianta, no entanto, que não será possível baixar para R$ 2,40 os trechos que serão reestatizados. “O fluxo nesses trechos é menor. Vamos baixar as tarifas entre 25% e 30%”, afirma.

O presidente da empresa diz ainda que a União já adiantou que não pretende pedagiar os trechos das BRs que o Rio Grande do Sul irá devolver. “O governo federal se comprometeu a fazer a manutenção”, ressalta.

O Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas do Rio Grande do Sul (Setcergs) apoia a mudança e integra o Conselho de Administração da EGR. Segundo o presidente da entidade, Sérgio Gonçalves Neto, a esperança do setor privado gaúcho é que o novo formato “traga os benefícios que as concessionárias” não trouxeram. “Os contratos assinados com essas empresas há 15 anos foram muito prejudiciais ao Estado. Num deles, está escrito que o acostamento da rodovia não faz parte da concessão”, conta.

Gonçalves Neto diz que o sindicato está dando “um voto de confiança” para o atual governo. “Quem sabe, o Rio Grande do Sul não esteja construindo um modelo que sirva de referência para o País”, declara. Questionado se não teme a criação de uma estatal para gerenciar as rodovias, ele diz que sim. “Nós da iniciativa privada sempre temos receio que as estatais se transformem em cabides de emprego. Mas estamos no conselho da empresa e temos o exemplo das estradas que já têm pedágio público. Elas foram duplicadas enquanto as outras, não”, afirma.

Enquanto as concessões gaúchas têm prazo de 15 anos, as do Paraná valem por 25 anos e só vencem em 2022, conforme reportagem publicada ontem. A matéria também apontou que no Estado as tarifas de concessões antigas são 75% mais caras que as dos novos contratos. O governo Beto Richa promete divulgar em breve o resultado do trabalho de uma comissão criada para discutir os atuais contratos.

 

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10 Comentários

  1. Este exemplo deveria ser seguido pelos outros Estados, pois o que observamos é o estado lastimável das estradas brasileiras, inclusive as pedagiadas. Aqui na Bahia, num trecho de aproximadamente 700 kms na BR 116, temos 7 cobranças de pedágio e a rodovia encontra-se em estado deplorável com intensa trapidação porque o governo federal tapou os buracos para entregar a rodovia à concessionária ( que diga-se de passagem, pertence a um grupo político local), e nesse estado encontra-se até o momento. E agora estão anunciando a concessão do trecho baiano da BR 101, que segundo o populista Lula, seria duplicada em toda a sua extensão, na Bahia não tem um metro duplicado.Devemos cobrar dos nossos governantes, medidas como essa implantada pelo RS, pois afinal de contas o dinheiro sai dos nossos bolsos. Nós somos os patrões e nós é quem devemos dar as ordens.JJorge.

  2. Será??? – Aquilo ali é roubo com direito a recibo. Quer dizer, você é roubado e recebe um recibo na saida. Se fizerem isso mesmo que tão falando, então vejo que o povo Gaucho é “pau ferro” mesmo e não aceita ser humilhado com tanta mazela.Torço que seja verdade e não só uma pressão para as concessionarias baixar preço. Espero que esse exemplo se espalhe… Claro, se for verdade que vão fazer isso né. Aqui em SC temos pedágio, mas vale a pena pagar pois é um pedágio com valor acecivel e que se realmente for investido como nós catarinenses esperamos, teremos estradas de qualidade com preço justo. 

  3. É conveniente e bem oportuno que todos estes “contratos” de pedágio sejam revistos em todo o Brasil. Recordo-me que há 02 anos me dirigia à região baiana da Chapada Diamantina e tive o desprazer de transitar por menos de 10 Km em uma rodogiva pedagiada em péssimo estado de conservação e com o pedágio bastante caro. Tenho certeza de que o pedágio não foi colocado naquele ponto estratégico de forma aleatória e sim “de má-fé”, considerando que a circulação de veículos que têm que se deslocar naquele itinerário e que não vão circular pelo restante do trecho pedagiado é bem grande. É com estes “roubos” e com os caça-níqueis que temos que acabar, como os que multam em rodovias velocidades de 30 ou 40 Km/h, não executando as obras viárias que deveriam ser feitas para a população local. Esta estória de que é para salvar vidas é pura engabelação pois, se isto fosse verdade porque não construir passarelas nos locais críticos ou então desviar alguns quilômetros o eixos das estradas para que não passassem pelo centro das cidades. Continuamos com rodovias que em muitos casos são piores do que no período do Império no Brasil e tantas outras que já não deviam ter este nome e sim vias carroçáveis.

  4. SOU PRESIDENTE DO SINDICATO DOS CAMINHONEIROS DA REGIÃO DE ARAÇATUBA-SP, GOVERNADOR É ASSIM, DECIDIDO, ESTE É O NOME QUE OS CAMINHONEIROS APOIAM. O SINDICAM-ARAÇATUBA GOSTA DE GOVERNADOR ASSIM, SEMPRE APOIAREMOS HOMENS QUE LUTAM PELA CATEGORIA DOS CAMINHONEIROS…  QUE VONTADE DE TER UM ASSIM AQUI NO ESTADO DE SPAULO

  5. bem até que em fim estou vendo alguma coisa de bom , para o povo usuario das estradas gaúchas, o barateamento dos pedágios, até que ja era hora, e que sirva de espelho para as estradas federais também, mas ai eu acho dificil, pois como os lalaus do governo federal vão meter a mão, ai  fazem os contratos dando liberdade para que as consecinarias cobrem estes abisurdos que são cobrados, e não revertem para manutenção das rodovias, só ganhão dinheiro as custas do zé povinho,pois vejaão a história da ponte do guaiba, que a Consepa construiria ao custo de oitucentos milhões, e não sairia dinheiro dos cofres públicos, sómente ao custo da conseção ser renovada por mais 20 anos, veja se quiseram, pois como vão meter a mão, e tem mais não teria a cobrança de pedágio na ponte, e isto que estou comentando eu provo pois estive na reunião com os engenheiros em Porto Alegre, e se não me falha a memória tinha gente da ANTT também, e parece-me que já contratara,m a construção da ponte a um custo quase o dobro, isto é vergonhoso.

  6. Amém!!! Tomara Deus que sim! Estamos cheios de impostos, e uma tal de via-Bahia que só faz cortar grama e mais nada!! Eles fazem questão de manter uma faixa verde no meio das duas vias, quando o certo é duplicar.Estaremos torcendo que o Rio Grande do Sul nos sirva de exemplo. 

  7. ja se paga  ipva   pra q ?  se nao tem   o direito  de   ir e  vir  sem  pagar pedagio   nao passa  e  ai como e q fica  se  o ipva  meda  o  direito  de  rodar  em qualquer  parte  do territorio  nacional  pago  uma pa  de emposto para  consertar  as  estradas   entao  pq  preciso  pagar   pedagio   nao me  venham com papo  de q nao tem dinheiro  q e mentira   cade o  dinheiro  daqueles   que  colocaram dinheiro  na cueca  brasil  e   eu  e vc   chuta o  pau da barraca  cobre seus direitos  se  no egito  deu certo  aqui  funciona tanbem   

  8. EU SEMPRE VIVO BATENDO NA MESMA TECLA QUE ENQUANTO O VALE PEDAGIO NÃO SAIR JUNTO COM A NOTA FISCAL PARA QUE O EMBARCADOR  PAGUE O PEDAGIO DIRETO AO CAMINHONEIRO PARA QUE AS TRANSPORTADORAS PAREN DE FICAR CON O DINHEIRO DO PEDAGIO E MINTIREM PARA A FISCALIZAÇÃO QUE PAGAN O PEDAGIO E FAZEN O CMINHONEIRO MENTIR QUE RECEBEU E ASSINAR O RECIBO AINDA PARA LIVRAR A TRANSPORTADORA DA MULTA PARA BURLAR A LEI FICA LEGAL MAS É IMORAL ÉUMA VERGONHA TEN TRANSPORTADORA QUE VIVE SÓ COM O DINHEIRO DO PEDAGIO E QUANDO DA ESTADIAS COBRAN DA EMBARCADORA  80 CENTAVOS A HORA E PAGAN AO SOFRIDO CAMINHONEIRO 30 CENTAVOS A HORA GANHAN EM CIMA DO SOFRIMENTO DO MOTORISTA E FAZEN CONCORRENCIA NO FRETE E TIRAN EN CIMA DO CAMINHAO

  9. Na minha visão, o dinheiro que é arrecadado com IPVA, multas, taxa de licenciamento, inspeção veicular, vistorias e impostos sobre os combustíveis são mais que suficientes para os governos federal e estaduais manterem em condições decentes as rodovias do nosso país, sem cobrança de pedágio. Ou então bota pedágio, mas então, que retire ou reduza bastante os impostos citados. Privatizar não tem funcionado, porque as empresas particulares são formadas por grandes grupos de empreiteiras, sempre habituadas à relação corrupta com os governos. Cobram valores imorais ( maior exemplo de roubo é o valor cobrado pela Ecovias na Via Anchieta) e além disso, só tem interesse em trechos de grande movimento. Então é o Estado mesmo que tem que cumprir o seu papel. Mas é claro que, uma empresa estatal gerida por pessoas lá colocadas por indicação, grau de parentesco, troca de favores políticos, sem ter competência para o cargo, ou que se aproveite do mesmo para desaviar verbas, também não vai adiantar nada. Conclusão: o problema no Brasil não é se a rodovia é mantida por Concessionária ou Estatal. O problema é a cultura da corrupção, da exploração. De um jeito ou de outro, quem paga conta é a população, e no caso dos pedágios, é um tipo de extorsão que prejudica principalmente quem vive do transporte de cargas e só encarece o tão comentado “Custo Brasil”.     

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