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Cargolift está pronta para o Euro 6

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Presidente da empresa não acredita que a implantação da nova tecnologia para motores será adiada

A Cargolift Logística, empresa sediada em Curitiba, não trabalha com a possibilidade de adiamento da motorização Euro 6 no Brasil, prevista para começar a ser implantada em janeiro do próximo ano. A companhia, que desde a sua fundação em 1994 teve forte atuação no setor automotiva, agora também está no segmento de e-commerce. E vai investir neste ano R$ 35 milhões em caminhões, semirreboques, porta-containers e inteligência artificial aplicada à logística.

“Não creio que o cronograma do Euro6 será postergado. A Cargolift está preparada para aderir à tecnologia nos caminhões, inclusive para o caminhão sem motorista. Já preparamos nossos sistemas de TMS e Control Tower para o motorista digital”, afirma o presidente, Markenson Marques.

O empresário Markenson Marques

A Revista Carga Pesada tem publicado reportagens com especialistas que alertam para os cuidados que os frotistas terão de ter com a nova motorização. Conjugando dois sistemas de controle de emissão de poluentes, o EGR e o SCR, os caminhões Euro 6 são considerados muitos mais sensíveis a combustíveis, lubrificantes e arla de qualidade duvidosa. Para a Cargolift, isso não é problema. “Não nos preocupamos porque temos telemetria e os softwares embarcados nos caminhões têm feito boa parte do trabalho técnico dos motoristas na condução”, diz Marques.

Questionado se haverá impacto da nova tecnologia nos custos dos fretes, o empresário afirma que não. “Até porque a frota nacional de caminhões em operação é muito grande e a produção de veículos novos em apenas um ano afeta em muito pouco a participação da frota operante nacional”, explica.

Pela legislação, somente novos modelos de veículos homologados a partir do ano que vem serão Euro 6. A exigência da nova tecnologia para todos os caminhões é só para 2023.

“O que impactará no custo dos fretes é o combate à concorrência desleal. Há muita sonegação no transporte rodoviário de carga e esperamos que o Congresso Nacional aprove leis duras que combatam a impunidade.”
Marques acredita que o Euro 6 vai incentivar o Brasil a invistir em combustíveis alternativos e mais sustentáveis. “O custo do insumo diesel é o mais expressivo no frete e, além disso, é uma variável que nós transportadores rodoviários não controlamos. Por esta razão, temos grande expectativa de outras alternativas energéticas, desde que venham reduzir nosso custo operacional ainda que o investimento no ativo caminhão tenha que ser maior”, alega.

Ele acredita que o governo vai aprovar a implantação do sistema de crédito de carbono nas operações logísticas. “Isso estimulará parcerias entre embarcadores e transportadores frotistas a investirem em novos caminhões com energia alternativa e sustentável, elevando venda de caminhões e acelerando a economia com responsabilidade ambiental”, declara.

O empresário afirma que a Cargolift tem planos de ampliar a frota neste ano. Mas vai esperar os preços voltarem ao patamar normal. “Neste início de ano, os caminhões estão com preços ainda inflacionados porque a procura está maior do que a produção. Estimamos que a partir de maio, com as reformas tramitando bem no Congresso, o valor do dólar deverá estar menor e isso ajudará o preço dos caminhões novos voltarem ao patamar aceitável”, afirma.

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