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Consumo de Arla está 40% abaixo do esperado

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Considerando a frota de caminhões que saiu de fábrica nos últimos quatro anos já com nova tecnologia de motores, atendendo as normas do Proconve P7, o consumo de Arla 32 estaria pelo menos 40% abaixo do esperado. A informação é da Associação dos Fabricantes de Equipamentos de Controle de Emissões de Poluentes da América do Sul (Afeevas), entidade que reúne os fabricantes do reagente à base de ureia necessário, juntamente com o diesel S10, por reduzir as emissões dos gases de escape.

Este dado será apresentado e debatido nesta terça-feira, dia 23, no 13º Fórum SAE BRASIL de Tecnologia de Motores Diesel que acontece até quarta em Curitiba, no Teatro Positivo, e que tratará do futuro dos motores a diesel já que uma nova norma, o Proconve P8, deve ser exigida dentro de alguns anos a exemplo do que já acontece na Europa. “Mesmo que parte da frota esteja parada em função da crise, é grande o número de caminhões que tem circulado sem o uso correto do Arla e isso, pela legislação, é fraude passível de punição”, alerta o diretor adjunto da associação, Elcio Farah, que fará palestra no Fórum sobre a experiência de uso do ARLA 32 no contexto da realidade brasileira nesta terça-feira a partir das 14h20.

A Revista Carga Pesada ouviu transportadores, montadoras e outras fontes ligadas ao segmento de manutenção de veículos. Em pesquisa realizada pela Volvo, cujos resultados também serão apresentados no Fórum, este percentual de caminhões que deveriam, mas não estão usando o Arla pode ser ainda maior, atingindo 50%.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo (SETCESP), Tayguara Helou, discorda destes números. “Uma porcentagem mínima dos transportadores não tem utilizado corretamente o sistema e mesmo assim pelo fato de que, em algumas regiões, o abastecimento de Arla e diesel S10 ainda é precário”.

Já o caminhoneiro baiano Fernando Pitanga, vencedor de uma das etapas da competição Melhor Motorista de Caminhão do Brasil, organizada pela Scania e proprietário de um caminhão com a nova tecnologia, vai mais longe: “O projeto seria interessante se fosse cumprido à risca. Para reduzir a poluição, a legislação previa, além do uso dos novos motores Euro 5, do diesel S10 e da Arla, estímulos para a renovação da frota e a retirada de circulação de caminhões com mais de 30 anos, e isso não aconteceu”, cobra.

Segundo ele, um caminhoneiro que não esteja usando Arla pode ser fiscalizado e punido enquanto um caminhão antigo, muito mais poluente, pode ficar livre da fiscalização. “Além disso, caminhões fabricados antes de 2010 estão mais valorizados pelo fato de não precisarem de Arla. Depois temos que enfrentar concorrência com quem tem custos menores que os nossos já que neste momento é impossível reajustar os valores dos fretes. Portanto, para nós, foi só prejuízo”, reclama. E finaliza: “Já que o governo não cumpriu com a parte dele, incentivando a renovação da frota de fato, deveria relaxar também a fiscalização em cima da gente.”

A Polícia Rodoviária Federal tem realizado operações destinadas à fiscalização de veículos quanto ao uso do Arla 32. Para a realização da fiscalização, a Afeevas tem contribuído com a doação do “Negro de Eriocromo T”, um reagente químico que em alguns segundos é capaz de informar se o ARLA 32 utilizado é de boa qualidade ou irregular.

 Utilizado em veículos de carga com sistema SCR (Catalisadores de Redução Seletiva), o ARLA 32 é um reagente químico à base de ureia, necessário para atender a fase P7 do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (PROCONVE) regulamentado pelo CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, que tem como objetivo reduzir a emissão de poluentes na atmosfera.

 Em sua palestra, Farah abordará os impactos decorrentes da burla ao ARLA 32 e as ações em andamento para contê-la. “Precisamos evitar a perda dos benefícios da fase P7 do PROCONVE para não regredirmos a uma situação de 20 anos atrás quanto ao controle e à redução das emissões de NOx, mas termos uma condição no campo que viabilize a implantação da próxima fase PROCONVE P8/ EURO 6”, avalia o engenheiro.

Capa da edição especial da Revista Carga Pesada sobre o Proconve P7 publicada no final de 2014.

Capa da edição especial da Revista Carga Pesada sobre o Proconve P7 publicada no final de 2014.

Clique no link abaixo e saiba mais:

https://issuu.com/revistacargapesada/docs/revista-carga-pesada-edicao-176

 

Veja abaixo a opinião de outros entrevistados ouvidos pela Revista Carga Pesada:

“Qualquer tecnologia nova que é lançada sofre resistência, podemos ver o lançamento do sistema eletrônico na alimentação em substituição aos carburadores e bombas injetoras mecânicas, mas com o tempo acabamos por ver que o resultado é surpreendente. Passamos milhares de quilômetros sem ter que interferir em ajuste de bico, reforma de bomba injetora mecânica e etc. Isso mostra que as empresas que buscam inovação tecnológica mesmo sofrendo resistência acabam por nos surpreender com o resultado final após a implantação.

Em relação ao ARLA-32 também passamos por esse processo e penso ser ele ainda mais conveniente e me leva a pensar em deixar um mundo melhor para meus filhos, netos e toda a população vindoura. O ARLA é mais uma ferramenta que ajuda no combate a poluição provocada por queima de combustíveis e com a quantidade de veículos circulando pelas nossas estradas e cidades estou convicto que vale a pena.

O custo aumenta sim um pouco, mas nada pode ser considerado custo se for investido no meio ambiente. O mundo clama por socorro, estamos assistindo o avanço do processo de desertificação em regiões que em menos de 20 anos eram considerados estados ricos em fauna e flora.

O Rio da Integração Nacional, Rio São Francisco já não existe a abundancia de peixes que existia ha 20 anos atrás. Portanto penso que nada pode justificar o aumento de gato que vejo como investimento ser responsabilizado pela diminuição de nossos ganhos.

Sou caminhoneiro e na semana passada compramos um caminhão que utiliza ARLA-32. Tenho um 2011 que não utiliza, mas sou favorável à busca constante pela redução da poluição, o planeta será extinto se somente pensarmos no imediato e no próprio interesse. Juntos, podemos ir mais devagar, mas certamente iremos muito mais longe. Um abraço a toda a categoria que passa por momentos difíceis!” – Welligton Marcio Torres

 

“Não consegui repassar esses custo com o Arla por isso achei melhor trocar o caminhão por um mais velho como muitos estão fazendo. Meu pensamento, posso estar errado, esse tal de Arla não muda em nada e não tem nada ver com meio ambiente, foi só para aumentar despesa e fica pior do que já estava.” – João Cavalheiro

 

“Eu acho maravilhosa qualquer medida que venha diminuir o impacto no meio ambiente. É justo. O problema é que o governo forçou essa legislação e prometeu que haveria Arla e S10 em todo o País. Até hoje, em locais do Norte e Nordeste faltam esses produtos. Muitas empresas não tinham essa disponibilidade e foram abrindo brechas para driblar a legislação.

Não acredito que existe muita gente deixando de usar Arla até porque quando se faz isso existe um aumento de custo operacional, inclusive de desgaste de peça. Mas sim tem gente fazendo essa malandragem, acho que é uma pequena fatia do setor” – Tayguara Helou – presidente do SETCESP – Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas de São Paulo

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2 Comentários

  1. O frete já não remunera quem roda com o combustível antigo. E para quem roda com S10 e Arla, é pior ainda. Caminhão virou pesadelo!

  2. edmilson transportes on

    armaro com unica intenção de estorquir o bolço do caminhoneiro mas pelo jeito estão se dando mal ///na minha opiniao é impossivel calcular o uso do arla pois conheço varios camihoes novos guardado no pati do friboi mesmo tem bastante que usa arla e ta parado nas revendedora tem bastante tambem conheço 4 motorista que tirou o arla fez imetro e pronto deu adeus a esta gastança inutil ////////////////

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PB Lopes