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Curso muda jeito de Ronaldo dirigir caminhão

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Depois de treinamento na Mercedes-Benz, caminhoneiro de Mineiros do Tietê melhora média de consumo de 2 para 2,9 quilômetros por litro

Nelson Bortolin

Em apenas quatro dias, o caminhoneiro Ronaldo Temporim, de Mineiros do Tietê (SP), mudou completamente seu jeito de dirigir. Com ajuda da Revista Carga Pesada, que contatou via Facebook, o jovem de 28 anos conseguiu uma vaga no curso de Eco-Drive da Mercedes-Benz, que ele realizou em janeiro, na Central de Distribuição de Peças da montadora, em Campinas. “No primeiro dia do curso, eu fazia uma média de dois quilômetros por litro de combustível, utilizava o freio nove vezes e trocava de marcha 88 vezes em um percurso de 30 quilômetros. No quarto dia, consegui 2,9 quilômetros por litro, pisei no freio duas vezes e troquei a marcha 66 vezes. É impressionante como a gente pensa que sabe dirigir e na verdade não sabe” admira-se.

Quando Temporim conseguiu a vaga no curso, ainda no ano passado, ele estava trabalhando na Imediato Transportes Canavieiro – unidade Raizen de Barra Bonita. Hoje, está aguardando o recomeço da safra de cana de açúcar para retomar o trabalho. O jovem reconhece que as tecnologias modernas dos caminhões ajudam o motorista a gastar menos combustível. Mas tem que saber usá-las. “No curso, a gente aprende a desenvolver melhor o que o veículo tem para oferecer”, alega.

Lidar com o Ecoroll – sistema que coloca a transmissão do veículo em neutro quando não há demanda de torque – foi um dos principais aprendizados de Temporim no curso. “Quando a gente entra numa descida, tem que saber o momento certo de acionar o sistema e, depois, a hora certa de voltar a acelerar”, conta.

Outra coisa que ele aprendeu foi usar o Kickdown, botão localizado embaixo do acelerador dos veículos automáticos. Quando o pedal é pressionado até o fim, o sistema entende e reduz a marcha para melhorar as respostas do motor. “Precisamos conhecer o caminhão que a gente dirige”, ensina. O motorista também gostou do conteúdo teórico. Disse que aprendeu a calcular médias de combustível, pneus, e também de Arla “É preciso saber qual Arla usar para não queimar a bomba, que custa em média de R$ 7 mil”.

Temporim tem conseguido manter sua média de consumo em 2,9 quilômetros por litro de diesel. “Às vezes chego a 3 quilômetros, depende do peso do caminhão. No meu próprio automóvel, passei a gastar bem menos combustível”, garante.

Ele se prepara para fazer em abril um novo curso na Mercedes-Benz, o de Formação de Monitor de Operações. “Pretendo ser instrutor de transportadoras ou até mesmo encarregado de frota. Minha mulher está grávida e quero parar de viajar”, ressalta.

O TREINAMENTO

Segundo o instrutor do curso Rogério Pires, os motoristas chegam para o treinamento com o conhecimento básico sobre o veículo e também com pouca informação de como conduzi-lo de forma eficiente. “O treinamento se inicia com um exercício prático de condução, no qual os motoristas realizam uma volta livre observada pelo instrutor de operação da fábrica”, conta.

Na sequência, os motoristas vão para a sala de aula para conhecer a tecnologia embarcada dos veículos Mercedes-Benz e receber conteúdos, como por exemplo, noções da física envolvendo o deslocamento do veículo; uso correto dos freios de serviço e auxiliares; estilo de condução econômica com previsibilidade e segurança; rentabilidade; redução de emissão de poluentes; manutenção preventiva e check-list de viagem.

Passada a parte teórica, os alunos retornam ao veículo, agora para uma volta monitorada. “Posteriormente, as voltas são comparadas e neste momento são comprovados os resultados positivos obtidos, como por exemplo, redução do tempo de viagem, redução do consumo de combustível e redução na quantidade de pisadas no freio de serviço e de troca de marchas, sendo este último quando o veículo tem caixa de câmbio puramente mecânica”, explica Pires.

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