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Entidades criticam protestos de caminhoneiros em São Paulo

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Para lideranças, categoria está sendo usada por interesses políticos

Nelson Bortolin

No último final de semana, caminhoneiros bloquearam pistas da Avenida Paulista e da Marginal Pinheiros, em São Paulo. Eles protestaram contra as medidas de isolamento social adotadas pelo governador João Dória e o prefeito Bruno Covas, ambos do PSDB. E defenderam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que é contra essas medidas e minimiza a gravidade da Covid-19. Os atos, no entanto, são criticados por entidades e principais lideranças que representam os motoristas autônomos.

Para o presidente da federação e do sindicato dos caminhoneiros de São Paulo (Fetrabens e Sindicam), Norival Almeida Silva, os caminhoneiros estão sendo usados por pessoas que nunca defenderam a categoria e que têm interesses “escusos”. De acordo com ele, o decreto que estabeleceu o distanciamento social no Estado foi discutido com a sociedade. “Seja prefeito ou governador, foi o povo que colocou eles lá. E vou respeitar o voto do povo”, afirma.

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Na manifestação, os caminhoneiros, assim como outros manifestantes, pedem o afastamento de Dória e Covas. Ainda sugerem o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF).

Presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o Chorão, concorda com Silva. “Às vezes, aparecem pessoas querendo usar a categoria como massa de manobra. Ficamos tristes por alguns não perceberem que estão sendo usados”, afirma. Segundo ele, a Abrava não tem participação em nenhum ato político. “Nossa bandeira é o transporte e as demandas da categoria.”

Carlos Alberto Litti Dahmer, do Sindicato dos Caminhoneiros de Ijuí (Sindijuí) e da Cooperativa dos Transportadores Autônomos de Cargas (Cootac), disse à Revista Carga Pesada que daria sua opinião como cidadão e não como representante dos motoristas. “Esse movimento não é movimento de categoria. Quem faz isso não respeita o Parlamento, o Supremo e o Estado Democrático de Direito. Não tem fundamento algum.”

Para Litti, trata-se de um “movimento político, de quem defende uma intervenção militar, repressão dos direitos, que suprimem a democracia”.

Liderança que se destacou na greve de 2018, Wanderlei Alves, o Dedéco, afirma: “Coisa de gente doida que não tem o que fazer e deveria responder por crime por não cumprir o decreto do governador”.

A Covid-19 já matou mais de 12 mil pessoas no Brasil. Por não haver vacina contra o novo coronavírus, nem tratamento eficaz, a Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que o isolamento social é a única forma de deter a doença.

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PB Lopes