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Fazer manutenção preventiva do caminhão sai mais barato

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Dilene Antonucci e Nelson Bortolin
Carlos Banzzatto, da Volvo: adiar uma revisão pode causar uma parada imprevista do caminhão

Carlos Banzzatto, da Volvo: adiar uma revisão pode causar uma parada imprevista do caminhão

Uma parada não planejada de um caminhão para manutenção custa de cinco a 10 vezes mais que a planejada. O cálculo é da Volvo. A montadora também diz que 80% das paradas não planejadas poderiam ser evitadas com manutenção preventiva. A cada dia, segundo as fábricas e revendas de caminhões, o transportador brasileiro vai se tornando mais consciente da necessidade de cuidar bem do seu veículo. Vai entendendo que não deve deixar para depois a revisão que precisa ser feita hoje.
Mas uma parte considerável de empresários e autônomos tem visão de curto prazo. “Quando chega um ciclo de baixa atividade econômica, o primeiro custo que pensam em cortar é o da manutenção. Mas adiar uma troca de peça ou revisão ou não realizá-la não significa economia. É um grande erro que pode levar a uma parada não planejada na sequência”, declara Carlos Banzzatto, gerente de Pós-Venda e Serviços da Volvo.
Ele ressalta que, além da parada não planejada custar mais, ela traz outros inconvenientes. “O veículo vai parar no meio da estrada, pode haver furto da carga, o transportador não vai conseguir cumprir o compromisso com o cliente no horário e pode perder o contrato”, enumera.
O gerente diz que a Volvo tem muitos pequenos transportadores com contratos de manutenção. “Lembro de um cliente que tem apenas quatro caminhões e fez o Plano Ouro alegando que não poderia ficar com o caminhão parado.” Com um contrato desses, ressalta Banzzatto, o transportador tem tranquilidade e mais tempo para focar no negócio dele.
De acordo com o gerente, 60% das vendas de caminhões da Volvo hoje são com contratos de manutenção, sendo 25% do pacote Ouro, o mais completo. Ele conta que o cliente fidelizado tem prioridade no atendimento na rede distribuidora. “Quando chega à concessionária com seu cartão, ele tem uma fila preferencial”, explica.
Banzzatto afirma que a Volvo busca desmitificar a ideia de que manutenção em concessionária é muito mais cara do que em oficinas independentes. “Temos provado que o custo por quilômetro rodado do Plano Ouro é muito vantajoso para o empresário. Já no primeiro dia de uso do veículo, ele sabe o custo de manutenção que terá por cinco anos.”
O gerente também afirma que, com contrato de manutenção, o valor do veículo na hora da revenda é maior. “Com os certificados das revisões realizadas, o caminhão tem certamente maior valor no mercado de seminovos”, declara.
A tecnologia embarcada, conforme o representante da Volvo, é outro fator que contribui para a correta manutenção dos veículos. “Conseguimos prever cada vez mais o tempo disponível e o nível de desgaste dos principais componentes do caminhão. De acordo com a operação que está sendo feita, também temos como saber se a vida útil padrão do componente vai ser menor.”
PARA TODOS OS BOLSOS – Para evitar que os clientes saiam à procura de oficinas independentes depois de vencida a garantia do caminhão, a Mercedes-Benz procura oferecer pacotes de manutenção que cabem em todos os bolsos, segundo Célio Meneguelo, gerente de pós-venda da empresa. “Temos uma série de programas, desde os que custam menos de R$ 1 mil por ano, para pequenos caminhões, e a partir de R$ 1.500 para extrapesados”, conta. Os valores, segundo ele, variam de acordo com a operação do cliente e podem ser divididos em 12 parcelas.
No plano Basic Service para o Axor 2544, por exemplo, o custo é de R$ 1.400, limitado a 12 meses ou 60 mil quilômetros. Já para um Accelo 1016, da linha leve, o mesmo plano custa aproximadamente R$ 1.000, limitado a 12 meses ou 60 mil quilômetros. Meneguelo ressalta que manutenção é muito importante na visão da marca. “Queremos ajudar nosso cliente a ser mais eficiente e rentável”, declara.

Célio Meneguelo, da Mercedes-Benz: pacotes de manutenção que cabem em todos os bolsos

Célio Meneguelo, da Mercedes-Benz: pacotes de manutenção que cabem em todos os bolsos

A Mercedes-Benz, conforme o gerente, conta com duas soluções para os transportadores reduzirem custos de manutenção: o programa Renov, de peças remanufaturadas, e a linha de peças complementares Alliance, recém-chegada ao Brasil. “O Renov é um projeto consolidado no mercado, que vem crescendo porque tem inúmeras vantagens para o transportador”, afirma. Um deles é a economia de tempo. “O motorista não precisa parar o veículo uma semana na retífica: ele recebe um motor retificado, com garantia, em um ou no máximo dois dias”, conta.
Quanto à marca Alliance, ele salienta que, apesar de relativamente nova, a linha também vem crescendo muito. “É uma opção mais barata.” Atualmente, segundo o gerente, a marca tem 45 itens; até o final do ano, serão 250.
PRÊMIO DE PÓS-VENDA – O gerente geral da Concessionária P.B. Lopes (Scania), em Londrina, Marlon Adami, diz que são cinco os programas de manutenção da marca: Scania Premium, Scania Mais, Scania Trem de Força, Scania Standard, e Scania Compacto. “Todos para 120 mil quilômetros rodados”, informa. O plano básico cobre troca de óleo e filtro e o Premium cobre “tudo, menos coisas como vidros e faróis”. Todos podem ser parcelados em 12 vezes.

Marlon Adami, da P.B. Lopes: 400 caminhões com contratos de manutenção na região de Londrina

Marlon Adami, da P.B. Lopes: 400 caminhões com contratos de manutenção na região de Londrina

O gerente diz que a P.B. Lopes faz um trabalho de fidelização desde 2007, e que tem cerca de 400 caminhões com contratos de manutenção na região de Londrina.
Segundo ele, a concessionária tem uma equipe de pós-venda que trabalha alinhada à de vendas. “Temos vendedores dedicados do pós-venda que prestam serviços especializados e o cliente tem a percepção da qualidade deste serviço, o que acaba levando a novas vendas.”
Adami diz que o compromisso da concessionária com manutenção é tão grande que, em fevereiro deste ano, a empresa ganhou o prêmio Scania de melhor loja na área de pós-venda.

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2 Comentários

  1. A grande questão nos serviços realizados dentro das concessionárias é o custo da mão de obra e os absurdos, como por exemplo a ‘revisão de 1 ano’ que obrigam a fazer ameaçando sob pena de perder a garantia do trem de força, um custo entre R$: 1.300,00 e R$: 1.500,00 onde não é feito nada que custe esse serviço ( isso quando essa revisão não está próxima de uma outra de rotina como 60.000 ou 90.000 e pode-se acrescentar + cerca de R$: 1.000,00 dessa também), sou transportador com muito tempo experiência, e aprendi muita coisa durante minha vida, dificilmente alguém consegue chegar até a última de 200.000km onde troca-se óleo do motor/cambio/diferencial com um orçamento de R$: 2,500,00 + a revisão de rotina proxima de R$: 1.300,00 perfazendo o total de R$: 3.800,00 com todas as revisões carimbadas no manual, uma vez mandei um motorista comprar uma mola pneumática (bexigão) da cabine dentro da concessionaria porque no raio de distância onde ele estava lá seria o mais próximo, somente o serviço para colocar era de R$: 150,00, claro que a peça foi adquirida e instalada pela próprio motorista. Se o valor dos serviços fossem menores, certamente o volume interessados seria muito maior, levando em consideração que por pouca diferença todos iriam dar preferência para a autorizada ao invés de ir a um terceiro.

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