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O incrível acidente de Araguari

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Luciano Alves Pereira

Revista Carga Pesada

O acidente ocorreu em 1966 e Mundim estava dentro do ônibus

O acidente ocorreu em 1966 e Mundim estava dentro do ônibus

Para um rodo-repórter a estrada é um rio. Como tal, propícia a todo tipo de ‘pescaria’. Os ‘peixes’, aqui comparados a casos e relatos, são variados. Eles são ouvidos dos usuários, tão empolgantes quanto os do esporte das redes e anzóis. Muito presente nesse cenário de emoções, a Mercedes-Benz, como partícipe de variadas histórias. Por sinal, neste 2016, comemorando 60 anos de Brasil. Às vezes as narrações surgem carregadas de tintas, suscitando dúvida. Assim como ocorrem os casos de pescador.
O triangulino José Mundim de Araújo tem um ótimo. Classificado nesse território limítrofe. Ele deu um rico depoimento à revista Carga Pesada, em comemoração aos seus 50 anos de caminhonismo. No período esteve sempre envolvido com veículos Mercedes-Benz. E continua. Resumo dessa rodo-história será publicado em próxima edição. Enquanto não sai do forno, adiantamos uma curta amostra.

O trocador Mundim(E) e o motorista Jamir, compondo o ônibus Ciferal, com a mais clássica das carrocerias da Era JK

O trocador Mundim (E) e o motorista Jamir, compondo o ônibus Ciferal, com a mais clássica das carrocerias da Era JK

Mundim nasceu em Grupiara, município de Estrela do Sul, no Triângulo Mineiro. Hoje reside em Uberlândia e completará 70 anos de idade em outubro. Ainda adolescente, foi para Araguari (MG) e virou trocador de ônibus do Expresso Araguari. Ele compunha a tripulação de linhas para Uberlândia, Goiânia, entre outras. Lá pelo ano de 1966, havia pouco asfalto na região, mas estava sendo feito.
Numa dessas idas e vindas, o ônibus MB 352, com a clássica carroceria Ciferal, fabricado no Rio em duralumínio, seguia em trecho de obras mal sinalizado. O seu motorista – possivelmente de nome Jamir – não percebeu que havia sido deixada uma enorme vala aberta transversal, destinada à construção de passagem inferior para gado. O resultado não é fácil de acreditar. Mas Mundim estava dentro do coletivo e presenciou tudo. Notando o rombo aberto na pista ainda de terra, o condutor “juntou nos freios” e como não dava pra parar antes, liberou as rodas na beirinha do bueiro. O impensável aconteceu. De motor frontal, o veículo ganhou impulso e alcançou o lado oposto do buraco com a ponta do balanço dianteiro. Ninguém se feriu, a não ser para sair do ônibus. A foto registra o fato. Serve também como elemento de contraposição, diante de eventual rótulo de história de pescador.

 

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