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Pós-venda ajuda concessionárias de caminhões a sobreviverem na crise

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Revista Carga Pesada

 

Os serviços de pós-venda e a venda de peças estão ajudando as concessionárias a enfrentar a crise. Enquanto o mercado de caminhões novos caiu mais de 40% em relação a 2014, a procura por manutenção se manteve estável ou se retraiu pouco nas oficinas. Há quem diga até que houve aumento de demanda.

Presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Alarico Assumpção Jr. tem convicção de que a procura cresceu. “Até pela lógica: quando não pode comprar caminhão novo, o frotista tem de cuidar bem daquele que está em operação”, afirma ele, que é concessionário Volvo em Minas Gerais.

Alarico Assumpção, da Fenabrave: sem caminhão novo, é preciso cuidar do que está em operação

Alarico Assumpção, da Fenabrave: sem caminhão novo, é preciso cuidar do que está em operação

De acordo com Assumpção, existem concessionários que conseguem fidelizar os clientes mais que outros. Na loja dele, mais de 50% dos compradores de caminhões fazem contratos de manutenção. “O transportador brasileiro, de todos os portes, está mais consciente da necessidade de fazer manutenção preventiva.”

Questionado se os contratos de manutenção não são caros para o pequeno transportador, ele responde que o custo corresponde aos benefícios, como ser atendido na hora, ter a disponibilidade de peças genuínas e ter um mecânico especializado. Na visão dele, a aquisição dos pacotes de manutenção é sempre vantajosa para o cliente.

Carlos Banzzatto, gerente de Pós-Venda e Serviços da Volvo, confirma que a queda nos serviços de manutenção é bem menor que a das vendas de caminhões novos. Para ele, esse fato não está relacionado exclusivamente à crise, mas a uma mudança de cultura. “Nossos clientes estão cada vez mais preocupados em fazer a manutenção correta.”

Já o gerente geral da P.B. Lopes (Scania) em Londrina, Marlon Adami, diz que o pós-venda na concessionária não foi impactado pela crise. “Estamos vendendo o mesmo número de peças e serviços do ano passado.” De acordo com ele, a oficina tem ajudado a manter a empresa “num momento difícil”.

Para Célio Meneguelo, gerente de Pós-Venda da Mercedes-Benz, é “natural” que neste momento em que não compra novos veículos o transportador cuide mais dos seus caminhões. “Isso é uma coisa lógica. A gente tem sentido esse aumento de procura”, afirma. Ele ressalta que boa parte dos motoristas só faz manutenção nas concessionárias enquanto duram os contratos de garantia. Depois, vão em busca das oficinas independentes.

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1 comentário

  1. Seria muito mais atrativo para o pequeno transportador se as concessionárias reduzissem o valor da mão de obra, que na realidade é o que inviabiliza em muito executar os serviços nas redes autorizadas, dessa maneira provavelmente o movimento das oficinas de terceiros perderiam muitos clientes, levando em consideração que por pouca diferença nos valores a preferência seria da revendedora. Sei que o custo operacional de uma grande rede é maior que de uma oficina, tanto na qualificação dos funcionários como em estrutura e equipamentos, só que pagar 300…400….500 reais acima do mercado como por exemplo em uma troca de óleo e filtros, fica muito fora da realidade.

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