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Revistas impressas são as preferidas dos caminhoneiros

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Qual a melhor forma de comunicação com os profissionais das estradas? Como parte desta edição especial do Mês do Motorista, fomos para a estrada e para a internet conversar sobre este assunto com nossos leitores, lideranças e anunciantes, nossos parceiros.

Pra resumir, vimos que a revista impressa continua sendo um importante meio de comunicação, com boa leitura entre os caminhoneiros, que não usam computador quando estão na estrada, nas filas ou nos postos.
Mas será que as revistas atendem às expectativas dos leitores? – perguntamos também. E qual é a tendência para o futuro? Revista de papel ou apenas informação na internet? Veja ao lado as respostas que obtivemos.
Nós, da Carga Pesada, atuamos nas duas frentes: há 28 anos com a revista impressa e há 16 anos com o site www.cargapesada.com.br, um dos pioneiros no segmento dirigido ao TRC. E sempre buscando fazer um trabalho sintonizado com o que desejam nossos leitores, sejam eles caminhoneiros ou empresários do transporte. Um esforço que tem dado certo.

A equipe da Carga Pesada reuniu um grupo de caminhoneiros no Posto Portelão, em Cambé (PR), para conhecer a opinião desses profissionais em relação às publicações dirigidas ao setor e ao nosso próprio trabalho.

Caminhoneiros reunidos no Posto Portelão: a revista em debate

Participaram da conversa José Carlos Juvenal, Diogo Tizarro, Alexandre Marques, Anízio Pereira, José Muniz, Ademir dos Santos Macedo e Luis Fernando Fantin.

Luiz Antonio da Silva – Palhoça (SC) “O que me interessa nas revistas é valor de frete, condições das rodovias, postos que oferecem mais comodidade para os caminhoneiros.” E é pelas revistas que ele se mantém informado: “Não tenho tempo de ver televisão, às vezes ouço rádio. Mas eu gosto de ler”. Silva conta que tem internet em casa, mas… “não tenho intimidade com internet, nunca me adaptei. Eu gosto de revista de papel”.

Lei do Descanso, carta-frete, safra, Pró-Caminhoneiro, pedágios, valor do frete e condições das estradas são assuntos que fazem parte da vida dos profissionais da boleia e que eles querem ler nas revistas. “A notícia do que está acontecendo no dia, na semana, no mês, como essa da Lei do Descanso, isso é que pode ajudar a gente”, afirma um dos participantes.

“O jornal nosso é isso aqui [apontando para a Carga Pesada]. Quem tem tempo de ver jornal na televisão?”, pergunta outro. “Quando chego em casa, a primeira coisa que o meu moleque pergunta é: Cadê a revista?”, afirma outro motorista.

Hélio Ribeiro de Lima – Curitiba (PR) O caminhoneiro Hélio diz que, mesmo com a falta de tempo, procura se manter informado. “Leio as revistas e tento ver os programas para caminhoneiros na televisão. Gosto das revistas porque tratam da nossa segurança e bem-estar, como na questão do horário de trabalho e do uso de drogas”, comenta. Ele também acha importante o hábito da leitura. “Eu incentivo meus filhos a lerem. A leitura faz um povo mais exigente, mais culto”, diz.

E os caminhoneiros gostam de ler? “O problema da falta de leitura não é só dos caminhoneiros, mas da população em geral, que não lê”, afirma um participante do bate-papo, para quem as publicações são importantes para mantê-lo informado. Mesmo os que alegam falta de tempo e de hábito reconhecem a importância das revistas: “Gosto de estar por dentro das novidades e lançamentos do setor de transporte”, afirma um dos leitores.

A internet é um meio pouco utilizado por eles para se informarem. Só acessam quando estão em casa, mas, mesmo assim, preferem a revista impressa. “Às vezes, você tá parado numa fila e pode passar o tempo lendo a revista de papel. Com a internet não dá.”

Aqueles que têm o hábito de ler dizem esperar que as reportagens ajudem a entender as novas leis que regulam o mercado de trabalho. Também têm interesse nos lançamentos de caminhões e produtos como pneus e óleos lubrificantes. No entanto, querem textos curtos e fotos atraentes. “Uma boa foto chama a atenção para um texto”, observou um leitor.

No fim do bate-papo, todos concordavam com a importância das revistas: “É importante que elas estejam falando dos nossos problemas e que mostrem aquilo que interessa ao caminhoneiro”.

Na Carga Pesada, clareza e bom conteúdo

“Hoje recebi exemplares da revista Carga Pesada. Fiquei muito feliz em ler as reportagens, principalmente porque estão muito claras e traduzem os fatos com perfeição. Frequentemente nos deparamos com reportagens, em outras publicações, que não condizem com a informação dada; a informação é distorcida e quem entende do assunto não vê a verdade. Mas o que encontrei hoje na Carga Pesada é muito diferente. Com certeza, trabalhos dessa magnitude contribuem muito para que todos os que leem esta revista tenham uma visão mais clara de um futuro que já está presente.”

Isso aí é o que Dirceu Capeleto, diretor da Transportadora Bergamaschi, em Rondonópolis (MT), escreveu num e-mail para o nosso repórter Nelson Bortolin, depois de ler nossa edição passada (nº 167). Ele deu os parabéns ao Nelson pelo brilhantismo dos textos da reportagem de capa, sobre as novas rotas que serão abertas para o escoamento da safra agrícola do Centro-Oeste. O próprio Capeleto concedeu uma entrevista fundamental para a reportagem. Se ele ficou feliz em ver que as informações saíram claras e precisas, e levaram conhecimento novo aos nossos leitores, imagine o que todos nós, da equipe que faz a Carga Pesada, também sentimos ao ler a mensagem dele!

Precisamos dizer ao sr. Capeleto e repetir a todos os nossos leitores o que dizemos sempre: estamos aqui para servir – servir a melhor informação, servir as melhores fotos, servir o melhor texto, a reportagem mais redondinha, o retrato mais fiel do dia a dia dos caminhoneiros e dos transportadores em geral.

E é muito bom ver esse esforço reconhecido. Ainda mais porque fazemos parte de um grande grupo de publicações – impressas e da internet – voltadas para o público do transporte rodoviário de cargas.

Alguns de nossos leitores habituais (e que também são muito procurados por nós para dar informações e opiniões úteis ao nosso público) reconhecem a importância das publicações do segmento do TRC. Como o presidente da Coopercarga, Osni Roman: “A grande imprensa não dá a atenção devida ao setor de logística e transporte, e essas publicações dão a visibilidade que precisamos”, afirma.

Cada revista tem sua característica, diz ele, e, sobre a nossa, acrescenta: “Vejo que a Carga Pesada tem uma grande interação com o leitor. É a que está mais próxima de seu público”. Ele acredita que a Carga Pesada trata motoristas e empresários em condições de igualdade. “E tem a coragem de colocar esses dois públicos em xeque se for necessário”, enfatiza.

Mestre em engenharia de transportes, assessor da NTC&Logística, Neuto Gonçalves dos Reis tem visão parecida. Ele próprio já foi editor de uma importante publicação e acha que a revista mais “atuante” e que publica os assuntos “mais interessantes” é a Carga Pesada. “Além disso, a revista de vocês procura apurar os fatos nos locais onde estão acontecendo, como ocorreu há pouco tempo, na reportagem sobre o transporte da safra feita em Rondonópolis e Alto Araguaia (edição nº 166)”, declara.

O diretor executivo da ATC, Miguel Mendes, ressalta que há muitos títulos de revistas no TRC, mas nem todas trazem informação de qualidade. “Algumas só têm propaganda”, observa. Para ele, a Carga Pesada é uma das mais interessantes, porque “conversa” ao mesmo tempo com o caminhoneiro e o empresário. “A revista tem uma linguagem clara e vai direto ao ponto em todos os assuntos que aborda.”

“Revistas cumprem seu papel”, dizem executivos

Manter caminhoneiros e frotistas informados e atualizados sobre os temas que são importantes para um setor essencial para a economia do País. Esse é o principal papel das revistas especializadas no TRC, segundo dirigentes de empresas anunciantes ouvidos pela Carga Pesada.

Solange Fusco

A gerente de Comunicação Corporativa do Grupo Volvo América Latina, Solange Fusco, diz que tem notado “o amadurecimento das revistas especializadas”. Segundo ela, estas publicações funcionam como “porta-vozes” dos profissionais do transporte de carga. “Editores e repórteres dão voz ao transportador, ao motorista e às montadoras”, comenta.

Cláudio Rawicz

Para o diretor de Comunicação da Iveco, Cláudio Rawicz, a importância das publicações dirigidas ao setor “é proporcional à enorme relevância do modal rodoviário no transporte de carga no País”. Segundo ele, as publicações especializadas vêm cumprindo seu papel “de maneira competente, clara e eficiente”.

Roberto Leoncini

O diretor-geral da Scania do Brasil, Roberto Leoncini, afirma que as revistas “são um canal de comunicação muito precioso para nós”. Mas também considera que, hoje, a internet é uma grande aliada do motorista. “Percebemos isto pelas pesquisas realizadas durante a competição Melhor Motorista de Caminhão do Brasil, de 2012”, afirma.

Evandro Cunha

O gerente de Marketing e Comunicação de Veículos Comerciais da Mercedes-Benz, Evandro Cunha, diz que cada vez mais os profissionais das estradas precisam estar atualizados. “Têm que conhecer as novas tecnologias e também a situação do País. As revistas especializadas fazem esse ‘meio de campo’ com os transportadores.” Ele também acha que a tendência é que as publicações migrem para o meio eletrônico, “apesar do carinho que muitas pessoas têm pelos impressos”.

Oswaldo Jardim

Visão parecida tem o diretor da Ford Caminhões, Oswaldo Jardim, para quem existem muitos caminhoneiros jovens chegando ao mercado, “todos com grande familiaridade com o celular e o ipad”. Segundo Jardim, o importante é saber o que os usuários desta mídia querem: “É preciso muita pesquisa para entregar o que o caminhoneiro e o transportador querem”, avaliou.

Ricardo Barion

O gerente executivo de Marketing da MAN, Ricardo Barion, acredita que os dois meios, impresso e eletrônico, vão continuar existindo de maneira complementar. Cada vez mais, os caminhoneiros vão passar a utilizar celulares com internet”, afirma.

Wagner Eloy

Wagner Eloy, diretor de Marketing e Vendas da OnixSat, destaca que as revistas especializadas são importantes para ajudar os profissionais do asfalto “a formar opinião, lutar pela melhoria das condições de trabalho, entender mais sobre seus deveres e direitos e se inteirar sobre leis e tributos”. Para ele, as publicações também contribuem para que a sociedade e o governo conheçam a realidade e as necessidades do setor.

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