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Setcesp propõe dividir os Correios em três fatias

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Presidente do sindicato acredita que criar uma grande concessionária para assumir a estatal é uma proposta equivocada

Fatiar as três principais atividades dos Correios e repassá-las à iniciativa privada é a melhor saída para a estatal, segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga do Estado de São Paulo (Setcesp), Tayguara Helou. O serviço de banco postal poderia ser concedido às fintechs. O de correspondência, à própria rede franqueada da empresa. E as cargas passariam para as transportadoras que operam no País.

Esta seria uma alternativa mais eficiente à proposta do governo de fazer uma grande concessão. “Não pode ter uma falsa privatização mascarada de concessão que fique pior para a sociedade brasileira”, afirma o empresário. Caso seja criada uma grande concessionária, de acordo com Helou, essa empresa terá benefícios que vão manter a concorrência desleal dos Correios com a iniciativa privada.

“Os Correios são um problema de fato para o Brasil por ser uma estatal que goza de vários benefícios”, declara. Ele cita que, diferentemente dos veículos das empresas privadas, os da estatal não sofrem restrições de trânsito em nenhuma cidade do País. E destaca também as vantagens fiscais. “É uma empresa que fatura R$ 18 bilhões e não paga impostos”, afirma. O empresário calcula que a estatal deixa de recolher R$ 8 bilhões aos cofres públicos. “Por isso é fundamental pensar uma saída.”

Helou acredita que, mantida a atual proposta, não será fácil encontrar investidor nacional para um negócio tão vultuoso. E nem estrangeiro. “Não vejo multinacional com apetite de tamanho investimento.”
Confira no vídeo a entrevista que o presidente do Setcesp concedeu à Revista Carga Pesada.

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