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Transportadores temem deterioração das rodovias paranaenses

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Entidades criticam a demora do Poder Público em fazer novas concessões previstas para o segundo semestre de 2022

Nelson Bortolin

Se as tarifas anunciadas no novo modelo de concessão de rodovias do Paraná são consideradas satisfatórias, a demora na definição do projeto é alvo de crítica dos transportadores.

Eles estão preocupados com a deterioração do asfalto e com a falta de atendimento médico e de guincho até as novas concessões.

Os contratos das antigas concessionárias venceram em novembro e a previsão é que novas empresas assumam as rodovias somente no segundo semestre do próximo ano. “Sabia-se que os contratos iriam acabar e o governo demorou demais para acertar o novo modelo”, critica o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Paraná (Setcepar), Marcos Egídio Battistella.

No Paraná, devido ao fato de as BRs serem delegadas pela União ao Estado, as novas concessões foram discutidas em conjuntos entre os governos estadual e federal. Os leilões serão conduzidos pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Desde o dia 28 de novembro, nenhuma das  27 praças do anel de integração está cobrando pedágio.

“Num primeiro momento, as pessoas estão felizes com as cancelas abertas, mas todo mundo vai sofrer depois”, afirma Battistella. Ele não acredita que o Poder Público vá dar conta da manutenção do pavimento até as novas concessionárias assumirem.

Outra preocupação é com o atendimento de acidentes. “Esquece porque não vai ter”, declara Battistella.

O Sindicato dos Caminhoneiros (Sindicam) do Paraná também está preocupado. “Como vão ficar os guinchos? Um caminhão que quebra não se remove do local com facilidade. Ainda estão acertando os contratos de prestação de serviços”, conta o presidente da entidade, Josemar Francisco Cunha Bueno

Ele acredita que, sem controle de excesso de peso feito pelas concessionárias, o pavimento vai se deteriorar rapidamente. “Sem uma boa pesagem e manutenção, em um ano, vai tudo por água abaixo”, declara.

Ao contrário do Setcepar que participou das discussões sobre o novo modelo de pedágio, os caminhoneiros não foram consultados, de acordo com Bueno.

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