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CHINA: um mercado 70 vezes maior que o brasileiro

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A China vendeu 3,611 milhões de caminhões no ano passado, 16,5% mais que em 2016

As vendas de caminhões novos na China cresceram 16,5% no ano passado. Foram vendidas 3,611 milhões de unidades contra 3,098 milhões em 2016. As informações são do engenheiro Eustáquio Sirolli, gerente de Marketing de Produto da Foton Aumark do Brasil e editor da Carvanbustruck. Ou seja, em 2017, o mercado chinês foi praticamente 70 vezes maior que o brasileiro, que totalizou 52.069 caminhões novos, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Na China, segundo ele, o segmento de entrada dos caminhões é formado pelos Minitrucks, com capacidade de carga abaixo de 1,8 tonelada de Peso Bruto Total (PBT). Só esse mercado atingiu 568 mil unidades vendidas no ano passado, ou seja, 11 vezes mais que todo o mercado brasileiro. A Foton, de acordo com o engenheiro obteve 9,3% de participação no segmento. “A empresa líder é a Saic-Wuling, que comercializou 255.237 veículos, com participação de mercado de 44,9%. Essa empresa é uma joint venture da GM com a SAIC-Wuling, sendo a Shangai Automotive Industry Coorporaton a empresa chinesa envolvida no negócio”, explica.

No segmento de caminhões leves (LDT), que vai de 1,8 tonelada até 6 toneladas, foram comercializados 1,718 milhão de veículos, sendo que a Foton vendeu 303.808 unidades, liderando o mercado com 17,7% de participação. “Para esse segmento, foi desenvolvido pela Foton o moderníssimo New Aumark S, que possui tecnologias usuais no Brasil em caminhões pesados, como line assistance, check surrounding (checagem de objetos à frente), painel com central multimídia, sistema de navegação, entre tantos itens de série, incorporados ao novo produto”, conta.

Os caminhões médios (MDT), de 6 toneladas até 14 toneladas, formam o menor segmento. O volume de vendas desses veículos atingiu 219.100 unidades no ano passado, sendo que a Foton apresentou participação de 6,6%. “A Lifan, com 57.831 veículos, é a empresa líder de mercado com 26,4% de participação. Só o volume dessa empresa para o segmento no Brasil já seria um sonho. A Lifan é uma empresa privada focada em altos volumes. É uma marca chinesa bem focada em exportações de automóveis”, explica.

Eustáquio Sirolli

Já o segmento de caminhões pesados (HDT), que é o segundo maior da China, teve 1,106 milhão de unidades vendidas, sendo que a Foton ficou com uma participação de 10,3%. “A FAW, com vendas de 240.700 caminhões, é a empresa líder de mercado com 21,7% de participação”, afirma.

De acordo Sirolli, a participação da Foton em todo o mercado chinês em 2017 foi de 13,4%, com 485.447 unidades vendidas.

Ele chama atenção para a grande diferença entre as participações de segmentos no Brasil e na China. “No Brasil, o mais expressivo é o segmento de caminhões semipesado/pesado, onde se situam 62% dos caminhões vendidos. Ou seja, o País tem um transporte rodoviário de elevada carga a longas distâncias, o que é uma característica de um setor logístico profissionalizado”, opina.

Já, na China, esse segmento representa algo entre 30% e 36%. “Isso mostra que esse segmento de pesados deverá crescer (na China) e o de caminhões menores, diminuir. Pouco a pouco a China vai caminhando em direção às boas práticas no setor de cargas e logística”, alega.

Por outro lado, o engenheiro ressalta que o segmento de caminhões urbanos no Brasil corresponde por apenas 29% dos veículos, enquanto na China, varia entre 56% e 63%. “Isso mostra que a matriz de transporte de cargas ainda não está bem balanceada, o que pode afetar o clima, poluindo as cidades chinesas. Então, vem a necessidade premente da China em migrar para veículos elétricos ou híbridos nos perímetros urbanos, nos quais investem pesadamente no momento”, conta.

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