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“Vem gente de longe consertar caminhão aqui”

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O setor de transporte de cargas como um todo também vai se beneficiar com a chegada da montadora norte-americana a Ponta Grossa, dizem as lideranças ouvidas pela Carga Pesada. Segundo estimativas do prefeito Wosgrau Filho, a cadeia produtiva do transporte de cargas responde por cerca de 10% da economia municipal.

Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Ponta Grossa e região (Sindiponta), Mauri Bevervanço, o município é um grande polo voltado para o setor de transporte de carga. “Vem gente de outros Estados para consertar caminhões aqui. Temos profissionais muito qualificados, de borracheiros a torneiros ou em qualquer outro serviço que um caminhão precise”, afirma.

Bevervanço observa que os custos desses serviços também são mais atraentes do que em outras localidades. “Isso se deve ao regime tributário do Paraná, com ICMS menor que outros Estados, e ao grande número de prestadores de serviço”, explica.

O Sindiponta, segundo Bevervanço, reúne 140 empresas transportadoras de cargas, que empregam cerca de 10 mil caminhoneiros. Ele conta que a tradição do transporte de carga no município é antiga, e muitas empresas familiares já estão na segunda geração de herdeiros. Outras se transferiram para o município por causa da localização ou porque o IPVA é mais barato. “No Paraná, o IPVA do caminhão é de 1% do seu valor, enquanto em outros Estados chega a 2,5%.”

O dirigente está otimista com o anúncio da instalação da fábrica da Paccar. “A expectativa é de que nossos negócios cresçam na medida em que a indústria e suas fornecedoras que venham a se instalar por aqui utilizem nossos serviços”, comenta.

O presidente do Sindicato dos Transportadores de Carga de Ponta Grossa e dos Campos Gerais, Neori Tigrão Leobet, afirma que, por todas essas razões, o município merece o título de “Capital do Caminhoneiro”. O sindicato reúne motoristas autônomos. Tigrão afirma que “todo caminhoneiro que vai para o Sul, vindo do Norte, Nordeste, Centro-Oeste, passa por aqui, e, quando sobem, carregados de fertilizante, também vão por Ponta Grossa”, comenta.

Segundo dados da Rodonorte, concessionária que administra o pedágio no município, diariamente passam pelas rodovias da região 12 mil caminhões. Somam-se a eles os 15 mil caminhões emplacados no município, segundo dados da Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional.

Tigrão também se diz otimista com a chegada da Paccar/DAF. Ele acredita que os seus 13 mil caminhoneiros associados sejam beneficiados com o aumento da oferta de fretes que deve ocorrer. “Mas também esperamos ter facilidades para a renovação de nossa frota, com preços menores.”

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