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Caixa eletrônica pode dobrar vida útil de discos de embreagem

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Grande demanda fez a Volvo instalar, no Brasil, a primeira fábrica da caixa eletrônica I-Shift fora da Suécia

Pelo menos 80% dos caminhões da linha F e 90% dos ônibus rodoviários da Volvo saem de fábrica equipados com a caixa de câmbio eletrônica I-Shift. Estes números, aliados ao fato de o Brasil ser hoje o maior mercado para a marca, levaram a montadora a investir em uma fábrica destas caixas, que eram importadas da Europa.

A inauguração aconteceu no final de novembro, no complexo industrial de Curitiba. A empresa inicia também a produção local dos motores de 11 litros. No total, foram investidos R$ 25 milhões e o Brasil passa a ser o primeiro país a ter uma fábrica da caixa I-Shift fora da Suécia, sede do Grupo Volvo.

Usada no Brasil desde 2003, a caixa I-Shift ganhou a preferência do cliente da marca Volvo porque proporciona até 5% de economia de diesel, em comparação aos veículos com acionamento manual, por manter o motor sempre na faixa econômica. Além disso, evita patinação e prolonga em até 30% a vida útil dos pneus de tração.

O trabalho na fábrica de caixas eletrônicas e a alavanca do câmbio no caminhão: facilidade de operação

Por definir eletronicamente o melhor momento para a troca de marchas, chega a dobrar a vida útil dos discos de embreagem, que são menos exigidos. Para completar, aumenta o conforto e reduz o esforço do motorista, pois elimina as 600 trocas de marchas que ele teria que fazer, em média, num câmbio manual, durante um dia de serviço.

O motorista pode escolher o modo de condução: econômico, quando está em velocidade de “cruzeiro”, ou de potência, num trecho mais íngreme. “O mercado é inteligente e o transportador sabe fazer contas”, diz Bernardo Fedalto, gerente de caminhões da Linha F.

Todos os caminhões e ônibus equipados com a caixa I-Shift também contam com freios ABS. Com isso, o preço do caminhão aumenta de R$ 15 mil a R$ 20 mil. Este sistema de freios será obrigatório nos caminhões a partir de 2013, mas a maior parte dos clientes Volvo já está se antecipando.

Participação dos motores de 9 a 11 litros dobrou em três anos

A demanda do mercado por motores de 9 e 11 litros dobrou de 2008 a 2011 (veja gráfico). Um dos fatores para este crescimento foi o estímulo da legislação, que aumentou o volume de caminhões na faixa acima de 40 toneladas, sobretudo os de eixos espaçados: “A produção local deste motor dará mais agilidade para a operação brasileira”, informa Nilton Roeder, diretor de powertrain da Volvo Latin America. Os motores de 11 litros equipam os caminhões da linha FM e chassis de ônibus pesados Volvo.

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