Segundo a Fenabrave, foram emplacadas 53.420 unidades contra 55.425 do mesmo período do ano passado
Nelson Bortolin
Ao contrário das expectativas, o mercado de caminhões novos fechou o primeiro semestre em retração. Em junho, foram emplacados 8.734 veículos, 5,77% a menos que em maio. No acumulado do ano (janeiro a junho), são 53.420 emplacamentos, contra 55.425 nos primeiros seis meses de 2024, uma queda de 3,62%. Os números são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).
Durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (3), em São Paulo, a entidade lembrou que o mercado de caminhões vem apresentando quedas gradativas ao longo de todo o ano. “A redução está associada à menor renovação de frotas, que acontece em função do alto custo de financiamento, impactado pelas taxas de juros e pelo momento de cautela vivido por alguns setores econômicos”, disse o presidente da Fenabrave, Arcelio Junior.
No início do ano, a entidade estimava que as vendas cresceriam 4,5% em 2025 — índice cada vez mais difícil de ser atingido.
Somente o segmento de caminhões e o de implementos rodoviários apresenta retração no acumulado do ano. Todos os demais registram crescimento. O de automóveis, por exemplo, está 3,52% mais aquecido. O de ônibus, 24,52%. As vendas de motocicletas apresentam alta de 10,33% no acumulado do ano.
Considerando todos os segmentos de veículos automotores, o aumento geral é de 7%.
A retração no segmento de implementos rodoviários é proporcionalmente bem maior do que a dos caminhões novos, chegando muito próximo de 20%.
