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O apagado registro dos 50 anos da Fernão Dias

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Luciano Alves Pereira

Passaram em branco-geladeira os 50 anos da Rodovia Fernão Dias, a BR-381, originalmente BR-55. Ela foi inaugurada por Juscelino Kubitschek em 15 de janeiro de 1959. A comemoração limitou-se a um ajuntamento de políticos e populares que se reuniu para o clássico desenlace de fita simbólica, no km 18 (hoje km 484), junto ao posto da Polícia Rodoviária Federal. Há 50 anos, essa distância era dos únicos quilômetros em asfalto duplicado em toda Minas Gerais.

A necessidade de ligação entre Belo Horizonte e São Paulo já era, naquela data, uma urgência atrasada. Entre outras premências, impunha-se romper com o isolamento do Sul de Minas em relação ao próprio Estado, antes que seus habitantes virassem paulistas de papel passado.

Preciosa imagem do início da Fernão Dias, em 1952: o sul de Minas era “tão paulista quanto o Vale do Paraíba”

Bem antes, em 1952, quando ainda governador, JK tinha dado a partida na Fernão Dias com modestas obras iniciadas em 11 de julho. Num churrasco que se seguiu, ele falou que a sua administração, muito empenhada em energia e transporte, vinha merecendo o apoio do então presidente Getúlio Vargas. Como se sabe, Juscelino foi eleito presidente para suceder Vargas e imediatamente tocou a BR-55 com vigor.

Quando outra interestadual, a Via Dutra, fez 50 anos, houve muitos registros relativos à data. A NovaDutra, concessionária da rodovia, promoveu eventos e distribuiu farto material para a imprensa repercutir o acontecimento. Tais ações foram sugeridas também à OHL Brasil, concessionária da Fernão Dias, no final do ano passado. Esta, no entanto, alegou que estava concentrada em terminar a instalação dos postos de pedágio, o que foi terminado em meados de março. Agora, a parte mineira da Fernão Dias tem seis pontos de cobrança de pedágio.

Hoje com pedágio: ônus de uso

Passou em branco o momento único. Os mineiros não ligaram. Ocorre que eles estavam e estão 100% a favor da concessão da rodovia, e ela acaba de ser duplicada. Obras que duraram não menos que 14 anos, tantos foram os períodos em que estiveram paralisadas. A alta popularidade que o pedágio, polêmico ônus de uso, tem hoje, pode não se repetir, digamos, daqui a dez anos, quando serão comemorados os 60 anos da importante via. Quem viver, verá…

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