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O GMC era o cadillac dos caminhões

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A beleza e o acabamento dignos dos automóveis de luxo ainda fascinam nestes caminhões importados dos EUA há mais de 50 anos

Jackson Liasch

Os caminhões e caminhonetes GMC existentes no Brasil foram todos importados. Eram produzidos nos Estados Unidos pela General Motors. Aqui a GM fundou a fábrica da Chevrolet, mas, mesmo antes do início da produção nacional dessa marca, os GMC tinham a preferência de um público mais exigente, pois seus veículos tinham melhor acabamento e requintes que os Chevrolet. Entre outros apelidos, o GMC era chamado de “Chevrolet de gravata”.

Um dos modelos marcantes da fábrica foi produzido entre 1954 e 1959. Tinha várias opções para motor e capacidade de carga, e sua cabine com jeito robusto acompanhava o design dos automóveis da época, inspirado em foguetes e aviões, o que o deixava muito atraente. Sua grade frontal lembrava os automóveis de outra fábrica de prestígio da GM, o que lhe valeu outro apelido: “Cadillac dos caminhões”.

A miss Brasil 1954, Marta Rocha, e as saliências na cabine do caminhão: quem se importa com duas polegadas a mais?

MARTA ROCHA – No país onde se faz gozação com tudo, um acontecimento de grande repercussão, simultâneo à chegada do caminhão ao país, fez com que ele ganhasse outro apelido: Marta Rocha, a miss Brasil de 1954, mulher de uma beleza deslumbrante, mas que perdeu o título de miss Universo por causa de “duas polegadas a mais” nos quadris, segundo foi falado na época. Várias histórias tentam explicar a associação entre o caminhão e a caminhonete e a miss. Uma saliência na cabine lembrava as medidas “extras” da moça, diziam alguns. Outros atribuem o nome à pintura dos GMC, em duas cores, no estilo saia-e-blusa, que remeteria à famosa. Outros ainda contam a história de que um influente político da época, ao ser convidado para o lançamento da caminhonete, teria dito: “Tão cheia de curvas e bonita como a nossa miss”… Seja qual for o motivo, o fato é que o nome pegou e até hoje o modelo é conhecido por esse apelido.

O caminhão da reportagem é um GMC 370, ano 1956, pertencente a Marco Antonio Fusco, de Mandaguari (PR). Originalmente, tinha motor à gasolina de seis cilindros, mas hoje dispõe de um conjunto mecânico MB 1113, homologado para sete toneladas de carga. O dono está terminando de restaurá-lo. Quando esta reportagem foi feita, ainda faltavam uma nova tampa da buzina e polimento geral.

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