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FÓRUM SAE Brasil: motores diesel têm de ser cada vez mais eficientes

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Evento debate tecnologia para veículos comerciais e fora de estrada

Com o tema “Inovação e Cenários Futuros”, foi realizado nos dias 14 e 15 de agosto, em Curitiba, o 15º Fórum SAE Brasil de Tecnologias Diesel e Alternativas para Veículos Comerciais e Fora de Estrada. O evento reuniu lideranças de fabricantes, fornecedores e consultorias deste mercado, que discutiram o futuro dos motores diesel.

“Para poder desenhar e pavimentar com segurança os caminhos que as futuras gerações deverão trilhar no desenvolvimento das tecnologias diesel, é preciso entender a fundo todas as transformações energéticas envolvidas nos mecanismos de transporte de bens e pessoas”, afirma Gilberto Leal – físico e consultor independente, membro da Comissão Técnica de Motores Diesel da SAE Brasil e da comissão organizadora do fórum.

Segundo ele, os motores diesel ainda serão fabricados por muito tempo ainda, mas requerem desenvolvimento assertivo até sua substituição quase que completa. “Por pior que seja o cenário econômico que a indústria da mobilidade esteja vivenciando mundialmente – incluindo aí os setores de máquinas agrícolas, construção civil e apoio a toda sorte de atividades – e com impacto ímpar no Brasil, é de fundamental importância discutir seriamente o que o futuro nos indaga para fazer agora, para que ele seja mais ameno, sustentável e correto para as futuras gerações, o meio ambiente e a economia global”, argumenta.

Para Leal, não se pode mais falar de um único motor diesel projetado eficientemente e pensado de forma unitária. “Essa máquina térmica de elevada eficiência, que tanto já contribuiu para a evolução mundial, precisa trabalhar de forma uníssona e integrada com todo o sistema de transmissão de forças existente no maquinário do trem de força, porém já não mais de forma mecânica e rudimentar, como nos tempos de alavanca e engrenagem puras”, declara.

O físico ressalta que, cada vez mais computadorizado, o comando dos diferentes mecanismos torna as ações resultantes dos conjuntos em movimento mais eficientes e autônomas. E deixa livre “a capacidade mental do indivíduo que conduz a máquina para a execução de tarefas mais nobres e engenhosas”.

“A busca eterna e incansável pela eficiência energética tem como aliada a tecnologia da integração. As diferentes máquinas que integram um único veículo – como motores, transmissões, eixos e mecanismos de disponibilização de movimento para implementos – são cada vez mais comandadas por centrais computadorizadas”, alega.

De acordo com Leal, esses decisores já começam a receber informações até do ambiente externo para que sejam antecipadas as reações do maquinário, no sentido de operar com previsão antecipada dos fatos para aumentar a segurança, o rendimento e a facilidade de manuseio.

“Esses novos veículos, quase que pensantes e já com maior capacidade de autogoverno, requerem indubitavelmente novos materiais, novos combustíveis e lubrificantes, além de novas técnicas construtivas, para que possam emitir menos poluentes indesejáveis e utilizar cada vez mais cada centésimo da fonte de energia propulsora, seja o diesel ou outro tipo de combustível com características semelhantes, obtido de forma ecologicamente correta”, destaca. “Somente com domínio de cada um dos capítulos tecnológicos mencionados  é que poderemos “desenhar o futuro que desejamos”, complementa.

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