Essa é a frase “mágica” que une uma grande galera mineira, cujo gosto em comum está em alterar formas nos caminhões. Possivelmente foi criada pelo DJ Wagner, do Restaurante Fazendinha, na Belém-Brasília, em Tocantins. Gostam de arrebitar a traseira da carroceria a até 2 m da via.
Quem conta essa história é Hadney Salim, conhecido por Dininho, filho de caminhoneiro. Ele montou uma oficina no km 404 da BR-262, junto ao trevo de Pará de Minas. Ali se dedica a arqueamentos de molejos, prolongamentos de para-choques e conversão da suspensão dianteira em mista (ar/molas), entre outros serviços.
Dininho também foi caminhoneiro. Começou a reparar que a turma do Nordeste, especialmente de Itabaiana (SE), passava com trucks com a traseira arrebitada e o caminhão embicado sobre a dianteira e viu a moda atravessar o País em direção ao Sul.
Percebendo a oportunidade, Dininho montou a Salim Automolas, “bem na rota dos verdureiros do Triângulo Mineiro, para oferecer um trabalho 100% sintonizado com o desejo do cliente”.
Dininho conta quais são as partes envolvidas na personalização do caminhão: altura da ponta da carroceria pelo arqueamento dos feixes de molas; o tamanho e o grafismo do lameirão, geralmente de 1,20 m de altura; as quatro lanternas (quatro marias), entre outras. As tampas da carroceria também ganham outra cor e grafismos. “Há os que rebaixam a suspensão dianteira e fazem o corte (rebaixamento) no suporte da poltrona do motorista”, acrescenta.
Ele não entra no mérito da legalidade das intervenções. No entender de Dininho, a inspeção veicular, feita em estabelecimento credenciado pelo Inmetro, regulariza as alterações, que passam a constar do certificado do veículo. Foi o que lhe disseram na delegacia de polícia de Pará de Minas.
Em Itaguara (MG), Juscelino Dal Alba Jr., o Juninho, está no seu segundo truck, adquirido em Pará de Minas mês passado, um Mercedes 2324. Mal pôs a mão na chave, ainda no chassi, levou-o à Salim.
Ali foi feito o arqueamento radical dos feixes de molas traseiros e o balanço de trás subiu para mais de 1,80 m. Juninho sabe que, com isso, perdeu a garantia de fábrica. Mas preocupou-se com a questão legal: levou o veículo ao credenciado do Inmetro de Divinópolis (MG) e, de posse do laudo próprio, retornou à Delegacia de Polícia de Pará de Minas, “para deixar tudo certo”. Pagou R$ 600 só pelo documento complementar.
Com um detalhe: Juninho teve o capricho de adquirir a carroceria do gaúcho Orlando Bock, que fica a 1.600 km de distância. Diz que pesa menos – cerca de 200 km – e ele gosta do grafismo das tampas e da pintura com acabamento em poliuretano. Ao todo, gastou R$ 15 mil, entre carreta e arqueamento.
Traseira superelevada e outros detalhes compõem a personalização do 2324 do Juninho. É o seu jeito de se apresentar à “galera dos verdureiros”, que fica entre a Ceasa de Contagem (MG) e São Paulo em três viagens por semana, aos domingos, terças e quintas-feiras. Diz que, assim, o caminhão tem “melhor estabilidade nas curvas”.
Mas lembrou que a regularização dos ‘arrebitados’ junto ao Inmetro “não está sendo considerada pela Polícia Rodoviária Federal”.
2 Comentários
O sr. emilio esta coberto de razão.Isto só pode ser coisa de carroceiro não de motoreista profissional É tudo uma questãode física,não tem que gastar verbo com argumento infundado.
Abraços ao sr. emilio e sua fantástica equipe,bem como a revista
po cada um tem um pensamento ums trazeira erguida outros todo rebaixado outros no toco truk bitrem 7 eixos mais um pouco bitrenzao 9 eixos e o resto nao se fala malha rodoviaria especial para nossos velhos motoristas de fordinho 51 tudo issi e politicage muda brasil muda meus brasileiros de guerra