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No G10, entusiasmo com a novidade

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Scania Combustível
O trabalho na Germani, de Maringá: o tanque de combustível muda de lugar

O trabalho na Germani, de Maringá: o tanque de combustível muda de lugar

Depois dos primeiros testes, no início do ano, o G10, de Maringá (PR), já tem 120 caminhões 8×2 circulando. O presidente do grupo, Cláudio Adamuccio, diz que está “muito satisfeito”.
Segundo Adamuccio, o 8×2 proporciona uma boa distribuição de carga, a carreta tem o tamanho certo para operações de descarga nos tombadores de grãos (ao contrário dos 74 toneladas) e a economia de combustível (em relação ao bitrem) é de 4%. Na hora de licenciar, outra facilidade: o 8×2 só precisa de dois documentos, em vez dos três do bitrem ou do rodotrem.
Na operação, “os motoristas se sentem seguros no 8×2 devido ao segundo eixo direcional. Dizem que o ângulo de manobra é tão bom quanto o do 6×2”, afirma Adamuccio.
Diante dessas vantagens, o empresário acredita que, no futuro, os cavalos 6×4 só serão vendidos para quem quiser transportar 74 toneladas, no bitrenzão ou no rodotrem. Na verdade, ele nunca se conformou em ter que usar tração 6×4 para puxar bitrem.
O presidente do G10 encerra com uma sugestão ditada pela sua experiência para quem optar pelo 8×2. “É preciso fazer realinhamento após os primeiros cinco mil quilômetros, caso contrário o consumo de pneus vai ser grande.”
Em Mato Grosso do Sul, o maior transportador de grãos do Estado, Airton Dall’Agnol, da transportadora Lontano, começou a testar os 8×2 em novembro. Já tem um rodando e mandou incluir o novo eixo em outros 10.
Com rodas de alumínio no veículo em teste, Dall’Agnol diz que conseguiu aumentar em 300 kg a capacidade de carga líquida. “É ganho significativo, depois de um ano”, destaca.
Ele já percebeu uma redução de consumo de combustível do 8×2, comparando com o bitrem: de 2,45 km por litro, a média subiu para 2,65.
Antonio Carlos Montenegro Gomes Filho, dono da Transportadora Península, de Apucarana (PR), também diz que, colocadas as rodas de alumínio, há ganho importante de carga líquida no 8×2. “Consigo chegar a 38 toneladas, dependendo da carga”, garante.

Será que dá certo na roça?

Segundo Cláudio Adamuccio, do G10, os 8×2 se dão bem nas estradas rurais. “Um dos meus sócios teve oportunidade de testar o 8×2 em fazenda em dia de chuva e atoleiro e não houve problema”, garante.
Airton Dall’Agnol, da Transportadora Lontano, diz que, se surgirem problemas, tem solução: “É possível erguer o novo eixo e fazer a manobra.”
Os problemas podem aparecer na hora de ultrapassar curvas de nível nas lavouras, segundo o diretor superintendente da Noma do Brasil, Marcelo Noma. “Por ter um chassi mais alongado e quatro eixos, pode haver problemas para ultrapassar grandes ondulações na pista.” Daí o cuidado e a atenção que o transportador deve ter ao analisar a aplicação que vai dar ao equipamento, antes de fazer sua escolha.
Na Noma, admite Marcelo, as vendas de carretas para 8×2 cresceram bastante este ano: hoje representam 3,5% da produção da fábrica, antes eram 0,3%.
Na Randon os pedidos de carretas para 8×2 também estão crescendo, segundo o diretor de Tecnologia e Exportação, Cesar Pissetti. Ele vê a situação com otimismo, mas não acredita que a configuração vá substituir totalmente o bitrem. “É apenas uma opção a mais”, declara.

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