A Metro-Shacman, que prevê inaugurar sua fábrica em Tatuí (SP) até o começo de 2015, está estruturando sua rede de concessionários. A primeira loja foi aberta em abril do ano passado, em Sorriso (MT), celeiro do agronegócio. É da própria Metro-Shacman e já vendeu cerca de 50 caminhões.
A empresa entregou a representação em Minas Gerais e no Espírito Santo à rede de postos Faisão. “Já temos duas lojas em postos, em Ipatinga e Curvelo”, conta o diretor comercial da marca, Antonio Henrique de Oliveira. Serão abertas outras cinco, todas em postos, menos a de Viana (ES).
O eixo da BR-163 é prioridade: Cuiabá e Santarém estão em vista, diz Oliveira. Outros parceiros existem, para Ceará, Maranhão, Piauí, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e em breve também para São Paulo.
Segundo ele, a empresa procura empresários que conheçam o mercado e tenham alguma atividade complementar, porque “nem sempre a expectativa da pessoa é correspondida rapidamente. Então, se ela não tem uma outra atividade consolidada, pode desanimar e abandonar o projeto”.
O capital inicial necessário é calculado em R$ 500 mil. A intenção da Metro-Shacman é fechar este ano com 20 concessionárias. Os três modelos trazidos para o Brasil têm preços bem mais em conta que os de outras marcas. O TT 420 6×4 custa R$ 277 mil; o TT 385 6×4, R$ 270 mil; e o TT 385 4×2, R$ 242 mil. “Nosso caminhão é extremamente robusto e confortável. Só não tem tanta eletrônica embarcada”, diz Oliveira.
O diretor da rede de postos Faisão, Jodimar Rodrigues Fernandes, está investindo cerca de R$ 2 milhões nas lojas Metro-Shacman. “Apareceu esta oportunidade da Shacman, eu gostei do caminhão e resolvi encarar”, afirma ele, que já foi caminhoneiro.
Fernandes conta que suas lojas vão caprichar no pós-venda, “porque precisamos quebrar o receio dos transportadores quanto aos caminhões chineses. Temos a nosso favor o motor Cummins”, declara.
Questionado sobre o fato inusitado de manter concessionária dentro de postos de combustíveis, ele diz tratar-se de uma boa ideia. “Nossos postos estão perto das cidades, dos bancos. Temos uma estrutura adequada para atender o caminhoneiro”, afirma. Ele não terá problema com mecânicos. “Nossos postos têm oficinas. Selecionamos alguns para receber treinamento da Shacman.”
FALA CLIENTE
Os dois Shacman estão com 50 mil quilômetros rodados e não apresentaram nenhum problema. São veículos robustos e confiáveis. Se o motorista for bom, o consumo de combustível é igual ao dos Scania. Se não, é um pouco superior. O conforto não é tão grande, mas o preço é muito melhor.
O produtor rural José Loch, de Sorriso, foi um dos primeiros a comprarem um caminhão Shacman no Brasil. Ele está iniciando atividade como transportador e possui dois Scania G420 e dois Shacman TT 420.
1 comentário
Estes caminhões de origem norte americana, diferentes aos da escola européia e asiática, primam pelo superdimensionamento de seus agregados. Vejam por exemplo,o Durastar – é o caminhão mais robusto de sua classe, no Brasil. Você dá uma olhadinha por baixo, e os cardans parecem manilhas de esgoto! Forte mesmo! Mas, ainda, por razões que desconheço (devem estar vendendo tudo que fabricam) a International Navistar não faz muita propaganda, mostrando os excelentes pontos de venda dos veículos que fabrica.. No outro modelo, 9800, com uma belissíma cabine rebitada, tipo “cara chata”, portando uma grade cromada de muito bonito efeito cosmético. O painel de instrumentos, com vários mostradores redondos, é uma verdadeira obra de arte! Ainda não fabricam lá em Canoas, os cavalos providos de eixos trativcs incorporando redutores planetários, para rebocar as cargas mais pesadas. Acreditamos que é só uma questão de tempo. Parabéns e muita boa sorte a esta magnifica Empresa.