Estudo realizado em 417 diferentes cidades da Europa pela PwC (PricewaterhouseCoopers) em 2010 apontou a existência de algum tipo de regulação ou restrição de circulação em nada menos do que 84% das cidades pesquisadas. E o Brasil também caminha para isso.
Segundo dados apresentados pelo presidente da Anfavea, Luiz Moan Yabiku Júnior, durante o seminário, o maior crescimento da frota de veículos vem acontecendo nas cidades de até cinco mil habitantes: “Enquanto o crescimento em São Paulo, de 2007 para 2013, foi de 6%, nessas cidades o licenciamento de veículos cresceu 142%. Ou seja, daqui a pouco os mesmos problemas das grandes cidades chegarão também às cidades médias e pequenas. E pelo menos 70% da população brasileira está em cidades com menos de 500 mil habitantes”, estimou o presidente da Anfavea.
Questionado se as facilidades de crédito não estariam contribuindo para o aumento descontrolado da frota de automóveis, Moan argumentou que o setor não recebe incentivos: “O automóvel tem que pagar imposto anual, permanentemente. Só em 2013 o setor automobilístico gerou R$ 180 bilhões em impostos, o equivalente a 45 dias de arrecadação”.
E defendeu um programa de renovação da frota: “Anualmente temos um prejuízo de pelo menos R$ 5 bilhões em acidentes que poderiam ser evitados se a idade da frota fosse menor. Qualquer quantia que o governo investir, será pequena perto do custo que o envelhecimento da frota causa”, defendeu.
Frota cresce mais nas pequenas cidades
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